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Veja os fundos imobiliários recomendados pelo BTG para junho

Apesar de cenário desafiador no curto prazo, estrategistas enxergam potencial ganho de capital no médio e longo prazo, com a normalização das atividades pós-pandemia

(MicroStockHub/Getty Images)
VD

Vanessa Daraya

Publicado em 3 de junho de 2021 às 08h06.

O BTG Pactual divulgou sua carteira de fundos imobiliários na terça-feira, 1º, com uma nova recomendação. Os estrategistas do banco sugerem aumento da exposição da Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11). Em contrapartida, recomendam diminuir a venda de RBR Properties (RBRP11).

Como o cenário causado pela covid-19 ainda é incerto, os analistas destacam um ambiente de volatilidade para os fundos de tijolo, impactados por fechamentos e restrições. Mas acreditam que a melhora da economia e da pandemia pode destravar o valor desses fundos, que têm negociado com valuations atrativos, abaixo do valor patrimonial e do custo de reposição.

Alteração na carteira

O fundo híbrido RCRB11 já fazia parte da carteira. O aumento de exposição de 5% para 10% está pautado na queda recente das cotas no mercado secundário durante o mês de maio (-8,4%), quando fecharam a 143,4 reais cada uma – mesmo patamar registrado em março de 2020. Também há desconto de 27% sobre o valor patrimonial, abaixo da média do mercado.

O fundo anunciou a venda de parte de sua participação no Edifício Cetenco Plaza, na Avenida Paulista, por 17,3 milhões de reais, acima do valor de mercado atual do fundo. A operação gerou uma taxa interna de retorno (TIR) nominal de 13,2% ao ano e vai ajudar a compor a distribuição de rendimentos do fundo neste semestre.

Há uma visão otimista para empreendimentos bem localizados, principalmente nas regiões mais valorizadas de São Paulo e que não apresentam entregas de novas áreas para os próximos anos. É o caso da Rio Bravo Renda Corporativa, já que a maior parte do portfólio está na Paulista, seguido por Vila Olímpia e Itaim Bibi.

Para comportar essa mudança, os analistas recomendam a venda parcial do fundo híbrido RBRP11, que sai de 15% para 10%. Ele apresenta boa performance desde que entrou na carteira do BTG, em março de 2020, e tem registrado retorno de 10,8%, acima do Ifix de -4,9% no mesmo período. Além disso, distribuiu 30 centavos por cota neste mês, o que equivale a um dividend yield de 4,13%.

A carteira estruturada pelo banco para o mês de junho é composta de 11 ativos. Eles estão divididos entre: recebíveis (32,5%), galpões logísticos (27,5%), híbrido (20%) e lajes corporativas (20%).

O dividend yield anualizado é de 6,8%. Já o dividend yield para os próximos 12 meses é de 6,7%, enquanto as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 8% em relação a seus valores patrimoniais. Em termos de liquidez, o volume médio diário de negociação gira em torno de 3 milhões de reais.

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