Inovação

Companhia aérea usa inteligência artificial para aperfeiçoar rotas de voo

Software torna rotas 5,3 minutos mais rápidas e, em seis meses de teste, economizou 500.000 galões de combustível

Avião da Alaska Airlines no ar; empresa está usando IA para otimizar rotas de voo (AaronP/Bauer-Griffin/GC Images/Getty Images)

Avião da Alaska Airlines no ar; empresa está usando IA para otimizar rotas de voo (AaronP/Bauer-Griffin/GC Images/Getty Images)

LP

Laura Pancini

Publicado em 12 de junho de 2021 às 08h00.

A companhia aérea Alaska Airlines está usando inteligência artificial (IA) para criar planos de voo que economizam combustível e tempo, chegando até 5,3 minutos mais rápido com seu sistema feito pela empresa Airspace Intelligence.

“Todas as rotas são feitas sob medida agora. São rotas que, em muitos casos, nunca existiram antes e levaria um ser humano 30, 40 minutos para descobri-las”, disse Pasha Saleh, piloto da Alaska Airlines. Por enquanto, os despachantes humanos ainda estão no circuito e escolhem se querem ou não usar a rota gerada por IA.

Nem todos sabem disso, mas voos não seguem a mesma rota toda vez. Enquanto o piloto está no avião, os despachantes ficam na companhia aérea em terra, levando em consideração fatores como clima, vento ou espaço aéreo militar fora dos limites para definir o plano de cada viagem.

O despachante pode tanto criar uma rota personalizada, quanto escolher uma opção pronta.

De acordo com a Alaska, o software Flyways AI torna as rotas 5,3 minutos mais rápidas, em média, do que as criadas por humanos.

A IA funciona como o Waze, sugerindo a melhor maneira de ir de A até B. O sistema é separado da interface do avião e cabe ao usuário (neste caso, o despachante) decidir se a rota sugerida é a melhor ou não. Portanto, o software nunca substituiria o papel humano por completo, apenas auxiliaria.

Tanto o despachante quanto a IA consideram fatores como vento e clima, “mas o que é adicionado pela IA é a intenção de todos os outros aviões do sistema de espaço aéreo nacional”, explica Saleh. Esses dados estão “tecnicamente disponíveis para um despachante humano, mas completamente inviável para incorporar”.

O sistema também analisa o que vai acontecer, por exemplo, seis horas depois do início do voo. Portanto, já está previsto no plano que é necessário ir em uma direção diferente para evitar tal empecilho.

Durante testes em 2020, a empresa afirma que economizou quase meio milhão de galões de combustível graças ao sistema, evitando que 4.600 toneladas de carbono entrassem na atmosfera.

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