Indústria 4.0 transforma operações fabris
Tecnologia contribui para a otimização de processos e aumenta a eficiência energética
Ana Carolina Pereira
Publicado em 4 de novembro de 2019 às 12h06.
A digitalização vem se consolidando em todo o mundo principalmente por sua capacidade de transformação profunda em todos os tipos de empresas. O uso de tecnologias como big data e inteligência artificial já não é mais exclusivo de poucos. E a indústria é um dos setores que tendem a se beneficiar, e muito, com esse tipo de inovação, no que se convencionou chamar de Indústria 4.0. Nela, as máquinas são dotadas de sensores que se comunicam entre si – e tornam o processo produtivo cada vez mais eficiente.
Segundo levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, 73 bilhões de reais por ano. Desse montante, 34 bilhões se referem à redução de custos de manutenção de equipamentos e 7 bilhões de reais, à economia de energia.
Para se ter uma ideia de como é a situação do setor no país hoje, vale ressaltar os dados do American Council for an Energy-Efficient Economy. O conselho americano, que avalia as políticas públicas e as práticas empresariais de gestão eficiente de energia das maiores nações consumidoras, aponta que o Brasil ainda está muito aquém de seu potencial. Dos 25 países listados em seu ranking anual de eficiência energética, que representam quase 80% do consumo de energia global, o país ocupa a 20aposição.
É possível mudar essa realidade e chegar aos números apontados pela ABDI. Para isso, porém, as empresas precisam saber fazer um bom uso da tecnologia. “Ao utilizar as inovações a favor da indústria, adquirem-se diferenciais competitivos, como aumento da produtividade, economia e maior capacidade de prever falhas no processo, além de redução do tempo de equipamentos parados, capacidade de análises e operações em tempo real e processos mais flexíveis, gerando, consequentemente, melhores condições de trabalho e crescimento no mercado”, afirma Carlos Grillo, diretor de negócios digitais da WEG.