Um relatório da gestora de patrimônio Bernstein divulgado na segunda-feira, 2, apontou que a indústria de criptomoedas possui um histórico de recuperação de mercados de baixa, e que comprar o bitcoin nesses períodos gerou retornos "espetaculares" para os investidores.

Segundo o documento, o bitcoin ainda está 60 vezes maior que o valor atingido em 2014, durante outro mercado de baixa, e com preço cinco vezes superior ao de 2018, também quando enfrentou outro período de queda. Já o ether está 14 vezes acima do mínimo de 2018.

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Para a gestora, a indústria de criptomoedas possui um histórico forte de combater suas mínimas e "levar socos quando está na baixa". Mesmo assim, o relatório lembra que alguns analistas apontam que o cenário macroeconômico atual é diferente do de outros períodos de queda.

"A indústria cripto provavelmente está entre as poucas que podem acompanhar o crescimento da tecnologia de ponta, em um cenário tecnológico amplamente amadurecido”, argumentam os analistas responsáveis pelo relatório.

Nesse sentido, eles ressaltam que as criptomoedas, incluindo o bitcoin, atingem menos de 5% de todos os usuários da internet, o que aponta um “espaço significativo para adoção liderada por aplicativos".

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Por isso, a recomendação da gestora é que os investidores continuem focando em uma adoção de longo prazo de criptomoedas, que deve espelhar o processo de crescimento da internet conforme as aplicações da tecnologia blockchain se tornam mais populares.

Se isso ocorrer, a base mensal de usuários de criptomoedas poderia ter um crescimento de até 100 vezes no longo prazo, conforme áreas como jogos, redes sociais e tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) liderassem esse processo de adoção maior, junto com grandes marcas já consolidadas.

Ao mesmo tempo, o relatório defende que a indústria ligada ao bitcoin e outras criptomoedas precisa focar em crescer seu ecossistema "aceitando algumas compensações regulatórias, que incitariam mais capital e participação popular".

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