Consumidores gastaram US$1 bilhão em criptomoedas com cartões Visa em 2021
CFO da empresa diz que criptomoedas podem transformar meios de pagamento e mostra que utilização de ativos digitais para fazer compras tem se tornado comum
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 7 de julho de 2021 às 12h37.
Última atualização em 8 de julho de 2021 às 19h59.
Consumidores por todo o mundo gastaram mais de 1 bilhão de dólares (5,27 bilhões de reais) em criptomoedas para comprar produtos e serviços com cartões de crédito atrelados a ativos digitais no primeiro semestre de 2021, afirmou o CFO da Visa, Vasant Prabhu, nesta quarta-feira, 7.
Em entrevista ao canal de TV norte-americano CNBC, o executivo afirmou que a companhia de pagamentos estima que, em 2019, o volume era apenas uma fração desse montante: "As pessoas estão explorando maneiras de usar as criptomoedas em coisas que eles usariam moedas 'normais' para fazer. Existem uma série de problemas em termos e volatilidade e etc., mas gerenciar e rastrear isso depende apenas dos donos das criptomoedas".
Vasant também afirmou que a Visa vai adicionar a plataforma da gigante corretora de criptoativos FTX ao seu programa "Fintech Fast Track", que tem como um de seus objetivos ajudar a tornar as criptomoedas mais acessíveis para os consumidores e mais fáceis de serem utilizadas para compras.
Entre as empresas parceiras que emitem cartões com a bandeira Visa vinculados a contas de criptomoedas estão a BlockFi, a Coinbase, a Circle, entre outras. Clientes dessas empresas podem usar as suas criptomoedas para fazer compras com seus cartões Visa em mais de 70 milhões de estabelecimentos comerciais em todo o mundo.
Segundo a companhia, esse tipo de cartão, junto com outros meios de pagamento sustentados por novas tecnologias, como biometria e códigos QR, têm ptoencial para transformar o consumo anual de 18 trilhões de dólares em cheques e dinheiro.
Apesar do suporte da Visa à adoção e utilização de criptomoedas para pagamentos e compras, a empresa não pretende adicionar nenhum ativo digital ao seu balanço patrimonial, como fizeram empresas como Tesla e Mercado Livre: "Temos no nosso balanço apenas as moedas que precisamos para rodar o nosso negócio. Não temos planos de adicionar criptomoedas porque elas não são tipicamente usadas para recebermos valores ou para pagar pessoas", afirmou o executivo.