CVM aprova criação do primeiro ETF de Ethereum do país (SOPA Images/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 13 de julho de 2021 às 19h05.
Última atualização em 13 de julho de 2021 às 19h11.
Duas das principais gestoras de criptomoedas do Brasil vivem uma disputa acirrada pela posição de protagonista no setor. Nesta terça-feira, 13, mesmo dia em que a Hashdex anunciou o fundo de bitcoin BITH11, a QR Asset Management divulgou a aprovação, pela CVM, do primeiro ETF de ether do país, o QETH11.
A liberação da autarquia vem cerca de um mês depois da QR lançar o QBTC11, primeiro ETF nacional que investe 100% do seu patrimônio em bitcoin. Agora, a empresa terá um fundo de índice focado na segunda maior criptomoeda do mundo, já que o QETH11 investirá apenas em ether.
O ETF irá replicar o preço da criptomoeda da rede Ethereum de acordo com o índice "CME CF Ether Reference Rate", um dos mais amplos e seguros do mercado, usado pela Chicago Mercantile Exchange Group (CME), a maior bolsa de derivativos do mundo.
Ainda não há previsão para a listagem do novo ETF na B3, a bolsa de valores brasileira, mas a decisão da CVM já garante o seu lançamento em um futuro próximo. Com o QETH11, os investidores brasileiros terão a possibilidade de buscar exposição às duas maiores criptomoedas do mundo com a compra dos ETFs, que são regulados e de fácil acesso.
Além dos ETFs, investidores interessados em alocar parte do seu patrimônio podem optar por fundos de investimento ou pela compra direta dos ativos digitais, em corretoras especializadas ou diretamente com outras pessoas, mas essa opção exige precauções e algum conhecimento sobre a custódia dos mesmos.
"O investidor brasileiro agora tem a possibilidade de exposição aos dois maiores e mais valiosos ativos digitais do mundo, de forma regulada, simples e segura. Não é mais necessário cadastro em exchanges, criação de chaves privadas ou preocupação com custódia segura, uma vez que o fundo conta com custódia de nível institucional em deep cold storage, provida pela Gemini - empresa especializada em custódia de criptoativos fundada pelos gêmeos Winklevoss - serviço pouco acessível ao investidor comum", disse a QR Asset Management, em nota.
A aprovação da CVM é mais uma mostra do estágio avançado do Brasil em relação à adoção de criptoativos. Além dos ETFs de bitcoin e, agora, de ether, o país também tem um ETF que investe em uma cesta de criptomoedas, o HASH11, e uma série de fundos de investimento focados em ativos digitais. Mostra, também, uma aceitação dos principais órgãos reguladores nacionais pelo mercado de criptoativos.
O novo ETF de ether que será listado na bolsa de valores brasileira é também um dos primeiros do gênero no mundo. Atualmente, apenas o Canadá tem produtos semelhantes disponíveis para os investidores.