Após parceria com Coinbase, maior gestora do mundo anuncia fundo com exposição em bitcoin
Investidores institucionais dos Estados Unidos poderão ter exposição ao bitcoin por meio do novo fundo de investimento da BlackRock, que tem US$ 9 trilhões sob gestão
Mariana Maria Silva
Publicado em 11 de agosto de 2022 às 12h39.
Última atualização em 11 de agosto de 2022 às 13h38.
A maior gestora do mundo está entrando para o mundo dos criptoativos. Apenas uma semana depois de anunciar uma parceria com a corretora de criptomoedas Coinbase, a BlackRock lança nesta quinta-feira, 11, um fundo privado de bitcoin para investidores institucionais norte-americanos.
Com aproximadamente US$ 9 trilhões sob gestão, a BlackRock vinha pesquisando o mercado de criptoativos desde o início de 2022.
Em março, o CEO Larry Fink, disse que a empresa estava explorando maneiras de oferecer ativos digitais a seus clientes, confirmando que os investidores institucionais continuavam interessados na indústria cripto mesmo em meio à baixa significativa do mercado, que fez com que o preço das principais criptomoedas caísse mais de 70%.
O fundo de investimento em bitcoin é o primeiro da BlackRock com exposição direta à maior criptomoeda do mundo, e busca acompanhar o desempenho do bitcoin no mercado à vista.
“Apesar da forte desaceleração no mercado de ativos digitais, ainda estamos vendo um interesse substancial de alguns clientes institucionais em como acessar esses ativos de maneira eficiente e econômica usando nossa tecnologia e recursos de produtos”, afirmou uma publicação no site da gestora.
Além disso, a gestora anunciou na última semana uma parceria com a Coinbase, a terceira maior corretora de criptomoedas do mundo. A intenção de ambas as empresas é oferecer aos clientes institucionais o acesso a criptoativos por meio do software de gerenciamento de portfólio da gestora, chamado Aladdin. Inicialmente, o projeto se aplica ao bitcoin.
As iniciativas da BlackRock no setor de criptoativos este ano sinalizam uma mudança de opinião da gestora sobre a demanda pela classe de ativos. Em 2021, Larry Fink chegou a dizer que observava pouca demanda por ativos digitais, de acordo com o The Block.
Menos de um ano depois, a gestora promove a exposição direta e indireta ao bitcoin por meio do mercado à vista e de futuros, e estuda a fundo a tecnologia. De acordo com a BlackRock, foram realizadas pesquisas sobre blockchain, stablecoins, criptoativos e tokenização.
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