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Após despencar 17% em um dia, é o fim do bitcoin? Especialistas dizem o que esperar

Queda generalizada no mercado financeiro afeta criptomoedas, que despencam em “queda livre”; saiba a opinião de especialistas sobre o futuro do bitcoin

Preço do bitcoin cai 10% (JUN2/Getty Images)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 10h44.

Última atualização em 5 de agosto de 2024 às 10h48.

A queda do mercado financeiro japonês e a escalada nas tensões entre Israel e Irã trouxeram incerteza de nível global para investidores. As criptomoedas, classificadas como ativos de risco, amargam perdas significativas nesta segunda-feira, 5.

O bitcoin, maior criptomoeda do mundo, despencou cerca de 17% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. O Índice de Medo e Ganância, que mede o sentimento do mercado cripto, sinaliza “medo” em 31 pontos.

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As criptomoedas vão continuar despencando?

Além do bitcoin, outras criptomoedas apresentam quedas até mais significativas. O ether por exemplo, acumula queda de quase 22% nas últimas 24 horas. As perspectivas de especialistas, no entanto, se dividem entre o bitcoin, maior criptomoeda do mercado, e outros ativos menores.

“O bitcoin pode sofrer com a fuga de liquidez, mas é improvável que vejamos uma queda muito mais acentuada no ativo daqui para frente, com os investidores já antecipando e reagindo a negatividades potenciais. Com a abertura dos mercados na segunda-feira, espera-se um esclarecimento crucial sobre os efeitos de curto prazo desses eventos. Os fundamentos robustos da criptomoeda nos garante que ela irá se recuperar, ainda que seja esperada alta volatilidade nos próximos dias”, disse José Artur Ribeiro, CEO da Coinext.

A expectativa de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, inicie um ciclo de cortes na taxa de juros do país, ainda alimenta otimismo entre especialistas. Espera-se que os cortes se iniciem já no próximo mês, e setembro.

“Vale notar que este cenário reforça expectativas de cortes nas taxas de juros pelos bancos centrais, especialmente o Federal Reserve dos EUA, o que pode beneficiar o bitcoin quando o mercado precificar esse movimento mais intensamente. A inversão da curva de rendimentos dos títulos do governo dos EUA, com rendimentos de 3 meses superando os de 30 anos, é um sinal clássico que antecede recessões, indicando uma deterioração econômica. Outros indicadores econômicos também apontam para uma atividade contraída, reforçando o cenário de alerta que historicamente precede crises, reforçando um corte de juros que pode vir até maior que esperado”, explicou José Artur Ribeiro, da Coinext.

Já em relação às outras criptomoedas, também conhecidas como “altcoins”, as perspectivas divergem. Segundo José Artur Ribeiro, é possível esperar quedas ainda mais acentuadas.

“As altcoins provavelmente enfrentarão quedas mais acentuadas, refletindo um realinhamento de risco mesmo dentro do universo cripto. No Brasil, a situação pode ser um pouco mais amena para os investidores devido à potencial desvalorização do real frente ao dólar, que pode amortecer parte das perdas em bitcoin”, disse ele.

O que fazer agora?

“Para os investidores que olham para o longo prazo, portanto, momentos de queda como este podem representar oportunidades para adquirir criptomoedas a preços mais baixos, especialmente com o influxo previsto de investimentos para o Ethereum devido ao lançamento de novos ETFs”, disse José Artur Ribeiro.

“Finalmente, aconselha-se cautela aos investidores neste período volátil. A abordagem prudente seria realizar compras graduais, monitorando de perto os desenvolvimentos do mercado e ajustando as estratégias conforme necessário para mitigar riscos e aproveitar as oportunidades emergentes", concluiu o especialista.

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