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Seus drinques podem reduzir em 60% as emissões de dióxido de carbono; entenda como

Reciclar e reduzir a quantidade de embalagens descartáveis tem sido tendência nos últimos anos. Mas existe um jeito mais simples e eficiente de reduzir as emissões de carbono na indústria de bebidas; confira

A embalagem de destilados de desperdício zero chamada EcoSpirits é um sistema de recipiente de destilados reutilizável e recarregável que também ajuda as empresas a economizar nos custos (EcoSpirits/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2022 às 16h09.

Última atualização em 2 de junho de 2022 às 16h26.

Em um país como o Brasil, que não coleta nem metade do lixo que produz, embalagens plásticas ou latas de alumínio, a princípio inofensivas, podem parar em lixões, ruas, praias e rios e gerar impacto negativo no meio ambiente.

No entanto, este não é o maior problema da indústria. Segundo um estudo realizado pela Deloitte, uma das maneiras mais simples de tornar a indústria de bebidas mais verde é repensar a forma como as bebidas são embaladas e transportadas.

EcoSpirits e uma nova forma de transporte

A empresa de Singapura, EcoSpirits, é um exemplo disso. Recentemente, a startup introduziu uma mudança na forma como as bebidas alcoólicas são transportadas, podendo reduzir de 60% a 90% as emissões de dióxido de carbono pela indústria.

No sistema, em vez de as bebidas serem colocadas em garrafas de vidro e enviadas para o mundo todo, o produtor transporta o líquido a granel. Quando chegam ao distribuidor local, elas são envasadas em recipientes menores chamados “ecoTotes” e enviadas para bares e restaurantes.

Depois de utilizados, os recipientes vazios são devolvidos ao distribuidor e reutilizados. Segundo a própria EcoSpirits, cada ecoTote poderia eliminar mais de mil garrafas de vidro ao longo de sua vida útil.

“Adaptar a tecnologia às medidas de ESG pode ser transformador para o nosso planeta”, afirmou o presidente da EcoSpirits, Sui Ling Cheah.E embora ainda não esteja no Brasil, a empresa pretende expandir sua atuação para mais 12 países, incluindo alguns da América do Sul, ainda neste ano.

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Economia circular

Soluções como essa fazem parte do que chamamos de economia circular. Neste modelo, o material da indústria é reutilizado, reduzindo consideravelmente o desperdício e a poluição. E a EcoSpirits não é exceção. Outras empresas, como a BrewVo e a Packamama, também oferecem aos fabricantes uma maneira de reduzir as emissões de dióxido de carbono por meio de mudanças na produção e embalagens mais leves.

ESG tem lucro alinhado ao impacto positivo

Engana-se quem pensa que investir em soluções sustentáveis é prejudicial ao lucro das empresas. A própria EcoSpirits, desde que iniciou o projeto das ecoTotes, já fechou parcerias com o The Savoy, um hotel de luxo de Londres, com o Penicillin, um dos 50 melhores bares da Ásia, e com a Pernod Ricard, uma das maiores empresas de bebidas e vinhos do mundo.

Segundo a empresa, os ecoTotes são capazes de economizar 30 g de emissões de carbono por drinque ou 550 g por garrafa de bebida, enquanto os bares, restaurantes, hotéis e centros de distribuição reduzem o custo de suas operações.

Quer conhecer mais casos de sucesso como este?

Nos dias 8, 15 e 22 de junho vai acontecer a segunda edição do ESG Summit, da EXAME. O evento gratuito reúne as maiores autoridades em sustentabilidade e negócios responsáveis para discutir os próximos rumos do ESG no Brasil e no mundo — e contar histórias de sucesso como esta.

Em mais de dez painéis, os convidados abordarão temas como:

Estarão presentes no evento diretores, CEOs e especialistas de empresas como Klabin, IBGC, Boomera Ambipar, Totvs, CCEE e Rede Brasil do Pacto Global. Para assistir ao evento, gratuitamente, basta clicar aqui ou no botão abaixo e realizar a sua inscrição:

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