Apoio:
Parceiro institucional:
Serasa Experian: Segundo levantamento, 66% das pequenas e médias empresas adotam ações em governança (Morsa Images/Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 09h36.
Última atualização em 11 de janeiro de 2024 às 09h37.
Segundo pesquisa da Serasa Experian, 89% das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) já adotam algum tipo de prática ESG (do inglês, meio ambiente, social e governança) no cotidiano. Mas, somente 33,3% dos negócios sabem o que a sigla significa. A pesquisa ouviu mais de 520 MPMEs, considerando a classificação do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e tem como objetivo entender o nível de maturidade em parâmetros de sustentabilidade.
Para 89% dos entrevistados, o ESG tem papel fundamental na competitividade, apesar de não ter um conhecimento aprofundado sobre a temática. Ainda de acordo com o levantamento, 66% das empresas já aplicam ações no pilar do ‘g’ de governança. Responsabilidade social é uma preocupação para 52%, enquanto apenas 50% têm atividades ligadas à sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
"A disposição para adotar práticas ESG destaca a crescente conscientização sobre a necessidade de considerações ambientais, sociais e de governança na estratégia corporativa. A adoção dessas práticas podem impulsionar o empreendedor, permitindo que ele tenha diferencial competitivo e acelere o seu negócio, já que mais empresas demandam o cumprimento de padrões mínimos de ESG para fechar parcerias com seus fornecedores”, diz o vice-presidente de PMEs da Serasa Experian, Cleber Genero.
O Nordeste (38,8%) e o Sudeste (34,7%) são as regiões com maior compreensão sobre os pilares ESG. Já em relação ao porte, as médias empresas são aquelas com maior conhecimento do assunto (56,3%). Os segmentos que mais ouviram sobre a sigla foram, em ordem: indústria (36,2%), serviços (33,8%) e comércio (31,3%).
Para 43,8% dos entrevistados, a frente de governança é a prioridade de investimentos. Já 66% das empresas investem em mecanismos para melhorar e consolidar seus códigos de ética, mais de 45% têm canais de denúncia e 44,5% tem alguém responsável pelas denúncias recebidas.
Pensando em meio ambiente, as MPMEs afirmam ter práticas de consumo consciente de energia (75,2%), de água (64,2%) e menor geração de resíduos (71%), mas apenas 41,3% mensura as ações com metas e indicadores e apenas um terço reporta relatórios ao mercado (29%).
Já em social, que envolve ações de responsabilidade, como respeito às leis do trabalho, inclusão de diversidade e direitos humanos, 40,9% atendem os parâmetros da legislação trabalhista. Salários justos (25,4%) e oferta de benefícios básicos (21,8%) aparecem na sequência. No tema diversidade, 54% dos respondentes consideram que há poucas ou não veem iniciativas para mudar quanto à representatividade de pessoas pretas e LGBTQIAP+.