Seca leva segundo país na África a sacrificar animais selvagens para alimentar população
Depois da Namíbia, é a vez do Zimbábue anunciar o sacrifício de 200 elefantes para conter a escassez de comida por causa da pior seca em décadas
Agência de notícias
Publicado em 13 de setembro de 2024 às 21h34.
Última atualização em 13 de setembro de 2024 às 21h35.
Calcula-se que o Zimbábue abrigue 100 mil elefantes, a segunda maior população do mundo, depois de Botsuana. Segundo a ZimParks, existem 65 mil desses mamíferos apenas em Hwange, quatro vezes mais do que o parque pode abrigar.
A Namíbia anunciou no começo do mês que começou a sacrificar mais de 700 animais selvagens - incluindo 83 elefantes - para alimentar pessoas que passam fome por causa dapior seca em décadas. O objetivo não apenas é oferecer carne para milhares de pessoas, mas também aliviar a pressão sobre os recursos hídricos, esgotados pela seca, explicou o governo.
Namíbia e Zimbábue estão entre os países do sul da África que declararam estado de emergência devido à seca.
O Fundo Mundial para a Natureza ( WWF ) estima que restem cerca de 415 mil elefantes no continente africano, contra mais de 3 milhões no começo do século XX. Os elefantes asiáticos e africanos estão ameaçados de extinção, menos as populações da África do Sul, Botsuana, Namíbia e do Zimbábue, consideradas apenas " vulneráveis ".