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Renovável, nuclear e gás natural: o futuro da energia é híbrido

Aproveitar a complementariedade das fontes de energia é um indicativo de evolução civilizatória, afirma Ricardo Lagares, da PUC Rio

Usina de painéis solares da ENEL, Tacaratu, Pernambuco; parque, que também tem turbinas eólicas, é o primeiro do tipo híbrido em operação no país (Enel/Divulgação)

Usina de painéis solares da ENEL, Tacaratu, Pernambuco; parque, que também tem turbinas eólicas, é o primeiro do tipo híbrido em operação no país (Enel/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2022 às 08h00.

A hibridização sempre esteve presente na história devido à diversidade de recursos do nosso planeta. Porém, neste momento, com o rápido desenvolvimento científico energético, conseguimos criar várias técnicas para aproveitar essa diversidade de recursos que nosso planeta oferece. Por isso, podemos admitir, hipoteticamente, que, conforme o maior desenvolvimento tecnológico de uma civilização, maior a hibridização desta civilização.

Estamos falando de eficiência energética: o aproveitamento da complementaridade das fontes, através de tecnologias inovadoras integradoras e digitalmente sensíveis à melhor combinação sustentável, reduzindo a ociosidade das fontes e otimizando o rendimento delas.  Ou seja, estamos falando simplesmente que quando se tem vento utiliza-se a energia gerada por essa fonte e quando não, outra fonte é acionada automaticamente em substituição a ela.

Aqui está o detalhe importante: através de algoritmos de inteligência artificial, podemos definir que a prioridade seria a mais sustentável, contanto que o sistema opere essencialmente com segurança. Desta forma, trabalharemos energeticamente de maneira sustentável e evoluindo para um modelo melhor para o planeta e para a humanidade, ou seja, sem dúvida uma evolução para todos nós.

Nos próximos anos e décadas devemos nos preparar para um sistema energético de geração, distribuição e transmissão híbridos.

Como será isso?

Na geração: diversas fontes em sincronia para entregar uma energia “flat” no fio.

Na distribuição: um mercado livre e mais proativo, com diversos players, alavancados pela geração distribuída.

A transmissão também passará por uma hibridização, pois assim como o cientista Nikola Tesla já estudava e indicava, vários pesquisadores, atualmente, também estudam formas inovadoras de transmissão de energia.

Por que a hibridização? Porque ela nos remete a “equilíbrio”. Equilíbrio é o caminho respondido por grandes sábios como a diretriz mais saudável para a humanidade e para qualquer indivíduo. Na ciência, é a razão para a estabilidade de sistemas físicos e químicos. O que nos dá, mais uma vez, a força para o caminho híbrido - que com tecnologia se utilize os recursos de maneira mais “sábia” para o futuro de todos. Hoje já é possível conectar diversas fontes termosolares, eólicas, gás natural, hidro, solar, nuclear, biomassa, WTE (energia gerada a partir de rejeitos), dentre outras, gerando uma série de combinações possíveis, dependendo do local, ocasionando uma matriz, mais segura, confiável e sustentável.

*Ricardo Lagares é CEO do Fundo Endowment e assessor de inovação da PUC Rio e membro do Comitê Executivo da SDSN (Sustainable Development Solutions Network - United Nations) Brasil

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