Petlove lança campanha contra comercialização de itens nocivos aos animais
Coleiras de choque, anticoncepcionais para fêmeas e o consumo de medicamentos falsificados estão na lista de itens perigosos para a saúde dos pets; empresa também condenou a venda de animais em gaiolas e vitrines
Repórter de ESG
Publicado em 24 de junho de 2024 às 07h00.
A Petlove, empresa de produtos e serviços para animais, lança nesta segunda-feira, 24, um movimento contra a comercialização de itens prejudiciais aos pets. Feita em parceria com médicos veterinários, a campanha “ Petlove não vende ” busca mobilizar o público a interromper o uso e compra de itens que ferem os animais de estimação, como coleiras de choque (anti-latidos), anticoncepcionais para fêmeas e o consumo de medicamentos falsificados.
Segundo a empresa, o objetivo é conscientizar os tutores sobre como alguns produtos podem abalar o bem-estar dos pets e substituir seu uso de forma segura. “A gente avalia que todos os produtos vendidos precisam priorizar o conforto do animal. Por isso, a campanha parte não só do que a Petlove não faz internamente, mas também do que queremos debater com tutores e outros empresários do que fazer de melhor para o pet”, explica a CEO, Talita Lacerda.
Adicionalmente, a campanha posiciona a empresa contra a venda de animais em vitrines ou gaiolas, que podem limitar a sua circulação. De acordo com a CEO, a ação vem sendo produzida há um ano para ser lançada no aniversário de 25 anos da empresa, mas, por uma coincidência, tem seu lançamento próximo às crises vividas por outras companhias do setor.
A venda de animais em gaiolas e vitrines, criticada por ativistas e veterinários, passou a receber mais atenção desde o caso Cobasi, no Rio Grande do Sul. Uma das lojas da empresa de produtos e cuidados animais em Porto Alegre foi alagada nas enchentes, vitimando parte dos animais que estavam presos nas gaiolas. Pelo caso, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul pediu uma indenização de R$ 50 milhões à empresa.
Adoção e venda responsáveis
O conteúdo produzido pela Petlove também busca informar pessoas que consideram adotar um animal sobre os cuidados que são necessários previamente. Para quem deseja comprar raças específicas, a empresa orienta a como escolher um canil ou criador seguro.
Apesar de não comercializar animais, Lacerda explica que a companhia apoia a venda responsável, feita por espaços que respeitem a saúde do animal. “ No site da campanha criamos um guia sobre como garantir que os locais de venda sejam seguros e que prezem pelo conforto, cuidado, saúde e higiene. Encorajamos que aqueles que realmente desejam comprar um animal visitem os locais, conversem e entendam a realidade dos pets ali”, conta.
A ação, segundo a CEO, se conecta com a estratégia de negócios da Petlove, que engaja nas discussões e debates pelo bem-estar dos animais. “É um dos nossos diferenciais, mas não é o único. A gente sempre busca inovar com amor, seja com compras por assinatura, e-commerce do mercado pet, planos de saúde animal, criando tapetes higiênicos biodegradáveis ou alimentos mais saudáveis”, aponta.
Até 4 de julho, tutores que desejam descartar artigos que prejudicam os pets podem levar os itens até lojas da Petlove em São Paulo e realizar a troca por um cupom de R$ 50 em compras.
O projeto é realizado em parceria com o Instituto Caramelo, organização de bem-estar animal que promove adoções responsáveis. Juntos, determinaram uma lista de alguns itens considerados nocivos para a saúde dos animais, mas abrem o debate para que os consumidores também apontem outros artigos considerados perigosos.
Para os próximos passos, Lacerda conta que as prioridades são a democratização dos serviços para pets e a garantia de uma alimentação de qualidade para os animais, temas que, no fim das contas, são parte do mesmo assunto: saúde. “A maior parte da população de pets ainda não tem acesso a vacinas, consultas anuais ou o mínimo para sua saúde. Mais da metade dos animais também se alimenta dos restos dos alimentos dos tutores, o que não prioriza o balanceamento da dieta deles. Essas são questões que ainda queremos resolver”, conta.