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Natura: os dados socioambientais devem ser tratados como os financeiros

Denise Hils, diretora de sustentabilidade da empresa, participou do podcast ESG de A a Z. “Não dá mais para imaginar uma empresa que não seja ESG”, disse

Loja conceito da Natura: grupo se tornou o quarto de beleza do mundo e alcançou o maior valor de mercado de sua história na virada de ano (Natura/Divulgação)
RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 20 de janeiro de 2021 às 14h20.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 14h12.

O segredo da Natura para alcançar níveis elevados de aderência aos padrões ESG está na forma como a empresa trata os dados. Segundo Denise Hils, diretora de sustentabilidade da fabricante de cosméticos, os fatores socioambientais associados à atuação da empresa devem ser tratados, pela gestão, da mesma forma que os indicadores financeiros.

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“A empresa passa a ter uma atuação ESG a partir do momento em que as questões socioambientais passam a fazer parte da gestão”, afirmou Hils. A executiva participou do podcast ESG de A a Z, produzido pela EXAME. “E tendo a governança como garantidora das ações", completou.

Hoje, o desafio da companhia, que já tem um padrão ESG elevado, é igualar os padrões de sustentabilidade em todas as empresas do grupo. “Com a chegada da Natura, ganhamos uma dimensão global”, afirmou a executiva. O trabalho daqui para frente será de identificar as forças e fraquezas de cada companhia. “Há diferentes níveis de maturidade”, ressaltou Hils.

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O processo de construção dos padrões ESG também deve ser coletivo, unindo empresas e a sociedade. Hils destaca que o mundo acaba de entrar na “década da ação”, em que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas socioambientais criadas pela ONU há cinco anos, devem ser implementados. “Não passamos por uma mudança súbita. É um processo que vem se desenvolvendo há anos”, afirmou.

China e Avon

A Natura &Co pode comemorar o primeiro aniversário de aquisição da Avon . O grupo, que se tornou o quarto de beleza do mundo, alcançou o maior valor de mercado de sua história na virada de ano e negocia acima de 70,7 bilhões de reais. Do topo de sua avaliação, a companhia agora está pronta para acelerar sua expansão geográfica, o que inclui nada menos do que dar os primeiros passos na China.

O valor atual na B3 é mais do que o dobro do registrado ao fim de 2019, pouco antes da incorporação da Avon, e mais de 40% acima do que valia logo após a consolidação da transação, em 6 de janeiro de 2020, e antes da pandemia. No auge do estresse do ano que passou, a empresa chegou a valer 25 bilhões de reais na bolsa.

Mas, se 2020 foi o ano de dobrar de valor e olhar para dentro, com todos os desafios da pandemia, 2021 vai ser o ano de acelerar a expansão internacional. O grupo prepara a entrada na China, o cobiçado mercado de quase 1,5 bilhão de pessoas (1 bilhão ativas, entre 15 e 64 anos).

A China é o segundo maior mercado de cosméticos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. “A expectativa é que nos próximos 3 a 4 anos, se torne o maior do mundo”, conta Marques.

A Natura &Co até já registrou a marca do grupo com os ideogramas chineses (que o leitor vê com exclusividade na imagem dessa matéria) e agora está na fase de registro de produtos. E não se trata de por um pé na China: o grupo já vai entrar com produção local

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