G10 Bank, banco digital do G10 Favelas, abre a primeira agência física em Paraisópolis
O primeiro banco nascido na favela oferece espaço para dar suporte às contas digitais de moradores
Repórter de ESG
Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 07h00.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 12h04.
O G10 Bank, banco digital para pessoas físicas e jurídicas moradoras das favelas, inaugurou nesta semana a primeira agência física para dar suporte ao banco. A iniciativa funciona como um investimento direto no empreendedorismo e na digitalização financeira dos moradores da favela de Paraisópolis, em São Paulo.
De acordo com o Data Favela, 50% dos moradores das comunidades operam seus próprios negócios. A partir desse contexto, o G10 Bank tem a ambição de estar presente nesses espaços para que os investimentos retornem às comunidades.
Ainda segundo dados do Instituto Locomotiva, os moradores das favelas têm um poder de consumo de R$ 167 bilhões ao ano, superando movimentações de países como Bolívia, Paraguai e Uruguai.
O CEO da empresa e presidente nacional do G10 Favelas, Gilson Rodrígues, diz que a expectativa é abrir mais quatro agências ainda no primeiro semestre nas favelas Casa Amarela, em Pernambuco (PE), Sol Nascente, no Distrito Federal (DF), Aglomerado da Serra em Minas Gerais (MG) e em São Paulo (SP), na favela de Heliópolis.
Outra ambição é o fornecimento de crédito. O projeto piloto não-digital do G10 Bank beneficiou cerca de 200 empreendedores e totalizou um montante de R$ 1 milhão em microcréditos .
“A iniciativa possibilitou o incremento de renda dessas pessoas e vem estimulando a geração de empregos nas favelas e colaborando com a educação financeira dos empreendedores. Com a conta digital e a agência física as ajudando a acessarem o digital, vamos maximizar esses impactos”, afirma Rodrígues.
Entenda mais sobre o G10 Bank
O projeto criado pelo G10 Favelas, em 2021, funciona como uma fintech, ou seja, uma empresa que une tecnologia ao universo financeiro, utilizando as ferramentas da Dock nas operações. Assim como outras contas, o G10 Bank permite a execução de pix, pagamentos de contas, transferências e depósitos.“Nosso objetivo é colocar o dinheiro da comunidade para circular e gerar valor aqui dentro”, afirma Antonio Soares, CEO da Dock, que fornece todo o plano de fundo tecnológico pensando em pagamentos e bancos na América Latina para o banco.
Já Rodrígues acredita no no potencial de empoderamento do G10 Bank. "Decidimos abrir a agência física para ser um ponto de apoio aos moradores. Muitos ainda precisam de suporte para ingressarem no digital, e queremos possibilitar o acesso a todos”.