Fundação Toyota cria e-commerce de produtos feitos de resíduos automotivos
Antes focado apenas em empresas, projeto que transforma resíduos em novos produtos ganha site para pessoas físicas
Maria Clara Dias
Publicado em 29 de março de 2021 às 09h00.
Última atualização em 13 de abril de 2021 às 16h23.
A Fundação Toyota , braço filantrópico da montadora no Brasil, lançou uma plataforma de e-commerce focada na venda de produtos fabricados a partir de resíduos da indústria automotiva . Com a iniciativa, os itens que vão de mochilas a carteiras estarão disponíveis para pessoas físicas de todo o país.
Desde 2011, a venda era restrita a empresas, que procuravam o projeto (que leva o nome de ReTornar) para a confecção de brindes corporativos. Os itens são feitos a partir de diferentes resíduos das linhas de produção das fábricas da Toyota no Brasil, como airbags, tecidos, uniformes e cintos de segurança.
Com o processo de logística da montadora, a Fundação irá receber os resíduos por meio de duas cooperativas paulistas de costureiras, nas cidades de Indaiatuba e Sorocaba e toda a renda obtida com as vendas é destinada e distribuída entre as profissionais.
O projeto auxilia no desenvolvimento do setor, no empoderamento feminino e na capacitação profissional de mulheres, segundo Viviane Mansi, presidente da Fundação Toyota. “A abertura das vendas no varejo reforça nosso desejo em gerar impacto social, bem além do benefício ambiental do reuso de materiais da indústria. Geramos renda e capacitamos mulheres, e agora as inserimos no ambiente digital”.
Desde sua criação, o ReTornar já reutilizou mais de 6 toneladas de resíduos que deram origem a mais de 77 mil produtos, segundo Mansi.
Os valores dos produtos partem de 25 reais. “Mais do que simplesmente dar um outro uso a objetos, queremos que os produtos sejam economicamente viáveis. Quanto mais demonstramos que podemos criar produtos interessantes e que poderiam ser resíduos, mostramos nosso compromisso de longo prazo com a natureza. Tornar os produtos atraentes e acessíveis é nossa contribuição para esse movimento, que beira a economia circular”, diz.