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Expedição da família Schurmann mapeia contaminação dos oceanos e animais

João Amaral, diretor executivo do Voz dos Oceanos, detalhou como a volta ao mundo dos velejadores pode ajudar na preservação dos mares

João Amaral, diretor executivo do Voz dos Oceanos (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Filippe

Publicado em 7 de julho de 2022 às 07h00.

Em agosto do ano passado, a família Schurmann, de velejadores, começou a explorar a costa brasileira, as ilhas do Caribe, o litoral dos Estados Unidos e as ilhas do oceano Pacífico. A missão, com duração prevista de dois anos, é compartilhada por meio da iniciativa Voz dos Oceanos e prevê o mapeamento do lixo no mar, bem como da qualidade das águas e presença de microplásticos em animais marinhos. Sobre a iniciativa, João Amaral, diretor executivo do Voz dos Oceanos, falou à EXAME na Conferência dos Oceanos em Lisboa, Portugal.

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Qual a importância da participação da Voz dos Oceanos na Conferência?

A Conferência é estratégica para nós. Há 40 anos a família Schurmann vem trabalhando com os oceanos e criou um projeto que tem quatro pilares: educação para transformar a forma como nos relacionamos com o plásticos e microplasticos; ciência, que neste caso acontece na expedição para tirar uma radiografia de como está a contaminação daquilo que a gente come, como os peixes e derivados do oceano; geração de dados para as empreendedores e startups para trablharem em inovação, e mais.

Sendo a expedição uma volta ao mundo, como a Voz dos Oceanos tem percebido as iniciativas globais para a preservação dos mares?

Temos percebido iniciativas dos governos e setores privados ao redor do mundo, mas é preciso ainda mais estratégia e ação para avançar. A nossa participação na Conferência ocorre em um momento de internacionalização. Portugal é uma porta de entrada das nossas iniciativas para a Europa ao considerar que a expedição, por exemplo, terá outras duas fases: uma até 2025 com foco na Ásia e outra até a 2027 com foco na Europa.

Como a Voz dos Oceanos está coletando e compartilhando os dados da expedição?

Estamos em parceria com a Universidade de São Paulo, e com uma auditoria pela DBO. Por isso, a primeira edição do Relatório Voz dos Oceanos de Atividades contempla as ações realizadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2021, considerando inclusive os meses que antecedem o início da expedição e que também foram importantíssimos nesse processo de comunicação, conscientização e engajamento.

Em 2021, tivemos resultados como 10 limpezas de praias, mangue e barreiras flutuantes, durante as quais estima-se ter recolhido mais de 1.250 kg de resíduos. Mais dados serão disponibilizados em breve.

 

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