Empresas de hidrogênio verde formam aliança para cortar custos
Sete entre as dez maiores empresas de hidrogênio no mundo se unem para baratear o produto
Bloomberg
Publicado em 9 de dezembro de 2020 às 11h32.
Última atualização em 9 de dezembro de 2020 às 15h12.
Sete das maiores empresas do mundo focadas na produção de hidrogênio a partir de energia renovável formaram uma aliança para tentar reduzir o custo da tecnologia.
A colaboração, chamada Green Hydrogen Catapult, visa ajudar a construir 25 gigawatts de capacidade de hidrogênio verde até 2026, reduzindo o custo do combustível rapidamente ao longo do caminho.
Os membros fundadores da iniciativa são a ACWA Power International na Arábia Saudita, CWP Renewables, Envision Energy, Iberdrola, Orsted, Snam e Yara International.
O hidrogênio verde pode ser uma ferramenta fundamental para remover as emissões da indústria pesada, além de gerar receita extra para produtores de energia renovável. O mercado para o produto basicamente não existe atualmente, porque é muito mais caro do que o hidrogênio produzido a partir de combustíveis fósseis.
Mais empresas se posicionam como pioneiras em um negócio que pode gerar centenas de bilhões de dólares por ano nas próximas décadas.
Para que essa expansão aconteça, as empresas envolvidas precisam se concentrar em baratear o produto.
“Nenhum de nós está preocupado se compartilhamos muito conhecimento hoje que vamos perder”, disse Paddy Padmanathan, CEO da ACWA, que faz parte de um plano para desenvolver um projeto de hidrogênio verde de US$ 5 bilhões na Arábia Saudita.
“Uma oportunidade para a torta se tornar praticamente infinita é tão grande que ninguém precisa se preocupar com minha fatia da torta hoje”, disse.
Padmanathan e executivos de outras empresas realizaram uma videoconferência há cerca de uma semana para dar início à colaboração. O grupo tem como objetivo fazer parcerias em projetos potenciais, compartilhar informações sobre custos e defender políticas que beneficiem a indústria.
O Green Hydrogen Catapult faz parte da campanha Race to Zero das Nações Unidas, cujo meta é que o setor privado, cidades e regiões pressionem por cortes de emissões antes das negociações climáticas da COP26 em Glasgow no próximo ano.