Neila Lopes assume diversidade e inclusão na Sanofi (Sanofi/Divulgação)
Marina Filippe
Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 07h02.
A farmacêutica Sanofi anuncia o lançamento do programa Diversidade e Inclusão de Fornecedores da Sanofi Brasil, no qual a meta é ter no mínimo 10% de seus fornecedores formado por grupos minoritários em seu quadro societário até 2025. "O objetivo mínimo de despesas é de 10% globalmente. Atualmente esse percentual está em 4,2% no Brasil. O valor aproximado quando atingirmos o objetivo mínimo é aproximadamente R$ 150 milhões por ano", diz Fábio Fontes, diretor de compras da Sanofi.
Segundo ele, há também o objetivo de conscientizar os fornecedores por meio de treinamentos e comunicações sobre o tema. "Até final de 2025 devemos treinar e reforçar a comunicação com os Top 200 fornecedores, o que representa aproximadamente 80% das despesas. Em 2022, a meta era treinar os top 50 fornecedores. Superamos e realizamos um workshop com os top 59 até maio deste ano".
Neste primeiro momento, estão enquadrados fornecedores de matéria-prima, embalagem, logística, TI e serviços laboratoriais/exames clínicos. Dentre os critérios de ingresso ao programa, os principais são as empresas que possuem o quadro societário composto majoritariamente por: mulheres, pessoas pertencentes a comunidade negra ou indígena, pessoas pertencentes a comunidade LGBTQIAP+, pessoas com deficiência (PcD).
A Sanofi possui 5 critérios que possibilitam ao fornecedor o ingresso no programa, são eles:
Diversidade e inclusão na Sanofi
Para cobrar os fornecedores, a Sanofi faz a lição de casa. Segundo Neila Lopes, head de diversidade da companhia, há compromissos concretos. "Pretendemos, por exemplo, atingir até 2025, como ter 30% de contratações de profissionais pretos e pardos. O grande destaque deste ano foi o lançamento do nosso primeiro programa de estágio 100% afirmativo para pessoas pretas e pardas. O programa trouxe 39 estagiários pretos e pardos para a Sanofi. Também tivemos lançamento de um programa afirmativo exclusivo para mães negras que buscavam reinserção no mercado de trabalho", afirma.
Já na frente de cultura inclusiva de segurança psicológica, a iniciativa de destaque é a licença parental estendida, que permite que os pais tirem até seis meses de licença, independentemente do gênero, modelo familiar ou se a criança foi nascida na própria família ou adotada.
De janeiro de 2020 a dezembro de 2021, 48% dos funcionários homens da Sanofi no Brasil que saíram de licença paternidade optaram pela licença parental estendida e, até julho deste ano, o acumulado era de 52% desde que o benefício foi anunciado e 68% se considerarmos somente o período de janeiro a julho de 2022; em julho deste ano, a adesão chegou a 82%.
"Neste ano, também tivemos a revisão da política de licença parental para assegurar apoio a famílias que optarem pela adoção via barriga solidária. Na frente de cultura, também tivemos em 2022 o lançamento de um jogo de diversidade e inclusão conectado com a cultura organizacional".
Há ainda práticas como assinatura pela Inclusão de Pessoas com Deficiência da REIS - Rede Empresarial de Inclusão Social, reforçando os esforços em garantir os direitos das pessoas com deficiência; assinatura do projeto Equidade é Prioridade: Raça e Etnia da Rede Brasil do Pacto Global, da ONU, em parceria com o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT); e busca intencional de pessoas com 50 anos ou mais iniciado em 2021. "Hoje esses profissionais são 14% do total e esperamos que sejam 22% até 2025", finaliza Neila.