Carlos Nobre é o 1º cientista brasileiro na Royal Society desde Pedro II
A nomeação na Royal Society, a academia de ciência mais antiga ainda em atividade no mundo, é concedido após décadas de dedicação de Carlos Nobre aos estudos de clima e Amazônia
Marina Filippe
Publicado em 13 de maio de 2022 às 13h25.
O climatologista brasileiro Carlos Nobre foi eleito membro estrangeiro na Royal Society, a academia de ciência mais antiga ainda em atividade no mundo, que iniciou as atividades em 1660, e tem as atividades sediadas em Londres, no Reino Unido.
Carlos Nobre épesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP)e há décadas se dedica em trabalhos focados em clima, mudanças climáticas e Amazônia.
Receba gratuitamente a newsletter da EXAME sobre ESG. Inscreva-se aqui
Em entrevista para a Folha de S. Paulo, Nobre disse acreditar que o agravamento da crise climática e a importância da Amazônia neste cenário devem ser os principais fatores para a sua nomeação na Royal Society, sendo esse um reconhecimento do risco que a região corre, assim como todo o planeta.
"Ter um brasileiro que dedica suas pesquisas a Amazônia e às mudanças climáticas como membro estrangeiro da Royal Society mais que um justo reconhecimento ao seu trabalho, também mostra a grande relevância desses assuntos no cenário científico mundial. É um grande motivador para os jovens cientistas do país e para a ciência brasileira como um todo", diz Talita Assis, cientista à frente do projeto A Amazônia em Exame.
A royal society é uma das primeiras e mais importantes sociedades científicas do mundo. O título de membro da Royal Society é concedido a cientistas que tenham contribuído substancialmente com a melhoria do conhecimento da natureza. Entre os membros da Royal Society figuraram Isaac Newton, Charles Darwin e Albert Einstein. O único brasileiro a ter sido sido membro, anteriormente a Carlos Nobre foi Dom Pedro II.
Veja também