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Caixas de papelão são transformadas em camas para desabrigados do RS

Iniciativa partiu de dois funcionários da AGCO e serve para atender temporariamente quem perdeu os móveis nas enchentes que afetaram o estado em maio; móvel suporta até 130 quilos

Comunidade: primeiros beneficiados serão ouvidos para que possam ser feitos ajustes no projeto das camas de papelão (Divulgação)

Comunidade: primeiros beneficiados serão ouvidos para que possam ser feitos ajustes no projeto das camas de papelão (Divulgação)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 25 de junho de 2024 às 07h30.

Dois funcionários da AGCO desenvolveram um projeto de reaproveitamento de caixas de papelão usadas em embalagens. A multinacional é líder global em fabricação e distribuição de máquinas agrícolas e tecnologias de precisão.

As caixas foram transformadas em camas para ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul que perderam os móveis depois da elevação do nível dos rios e lagoas – entre eles, os colaboradores da empresa que vivem em áreas que foram alagadas. A AGCO tem uma unidade em Canoas, uma das cidades mais afetadas pelas chuvas.

José Silveiro e Maike Wunsch, que trabalham na unidade AGCO de Jundiaí (SP), idealizaram o móvel para uso temporário. Ficou por conta da Fenix Paper, fornecedora de caixas de papelão para peças da AGCO Parts, a montagem. Leves e fáceis de montar, as camas são feitas 100% de papelão e suportam até 130 kg.

O primeiro lote, com 30 camas, foi despachado no último dia 14 e um novo envio está previsto para esta semana. A previsão é que sejam montadas mais 50 unidades. “O papelão não é tão resistente quanto a madeira, por isso enviamos o lote inicial e coletaremos feedback dos usuários para aperfeiçoar o produto. Dependendo da resposta positiva, estudaremos maneiras de viabilizar mais unidades", explica Wunsch, que é gerente de Ecommerce da AGCO.

Se não fossem empregados no desenvolvimento do projeto dos móveis temporários, os papelões seriam reutilizados para o embarque de produtos e doações. Dependendo da política de resíduos de cada empresa, o material poderia ser destinado à reciclagem ou enviado a aterros. No caso das camas, graças ao conceito da economia circular, foi encontrada uma nova função, aumentando sua vida útil. São necessárias, em média, 20 caixas grandes de papelão para fazer cada cama.

“Pensando nas famílias que terão que recomeçar suas vidas, tomamos a iniciativa conjunta de beneficiar aquelas que precisam de doações”, diz Wanderson Salles, presidente do Grupo Fenix Paper. O primeiro lote foi produzido na unidade da empresa em Diadema (Grande São Paulo).

A iniciativa, na avaliação de Rodrigo Junqueira, gerente-geral da AGCO e vice-presidente da Massey Ferguson América do Sul, materializa a força da colaboração e da solidariedade entre os funcionários. “Estamos extremamente orgulhosos de nossos colaboradores e parceiros pela dedicação e criatividade em desenvolver uma solução que pode fazer a diferença na vida das pessoas", comenta o executivo.

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