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Número de milionários cresce no mundo todo

Estudo aponta que, no Brasil, número de milionários deve saltar dos atuais 266 mil para 572 mil até 2026

BC divulga Relatório de Pesquisa em Economia e Finanças e elege as publicações mais prestigiadas do mundo (Dado Ruvic/Reuters)
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Esfera Brasil

Publicado em 8 de outubro de 2022 às 09h00.

Um levantamento recente do banco Credit Suisse indica que o número global de milionários está em ascensão. Ao final de 2021, havia 62,5 milhões de indivíduos com fortuna superior a US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,14 milhões) no mundo todo, 5,2 milhões a mais do que em 2020. E a estimativa do estudo é que, no Brasil, o número de milionários salte dos atuais 266 mil para 572 mil até 2026, o que significará um aumento de 115%.

O aumento previsto para o Brasil é um dos maiores do mundo e superior à média da América Latina (99%). Outros países emergentes, como China (alta de 97%), Índia (105%) e México (78%) também deverão ter aumento no número de ricos. Já em países desenvolvidos, o crescimento deve ser menor: como os Estados Unidos (alta de 13%), Alemanha (26%) e Itália (18%).

De acordo com a instituição suíça, toda a riqueza do mundo somava US$ 463 trilhões ao final de 2021, um aumento de 9,8% em relação a 2020. E a concentração de renda —e consequentemente a desigualdade social— têm piorado. Cerca de 1% da população é dona de 45,6% do total da riqueza do planeta. Em 2019, antes da pandemia, eles controlavam 43,9%.

Nos últimos anos, houve também um aumento da chamada classe média global, que abrange pessoas com riqueza entre US$ 10 mil e US$ 100 mil (R$ 51.460 a R$ 514.600). Essa faixa abrange hoje 1,8 bilhão de pessoas. "Isso reflete a prosperidade crescente das economias emergentes, especialmente a China, e a expansão da classe média no mundo em desenvolvimento", analisa o levantamento.

Ainda considerando dados globais, o número de ultrarricos - com patrimônio superior a US$ 50 milhões (ou R$ 257,3 milhões) - também deve subir, dos atuais 264 mil para 385 mil até 2026. Mais de 140 mil deles vivem nos EUA, e 32 mil na China.

Por outro lado, os efeitos de longo prazo da pandemia sobre o patrimônio das pessoas mais pobres e vulneráveis ainda precisam ser melhor analisados. A pesquisa destaca que, como o Brasil, alguns países proveram auxílios significativos durante a pandemia, mas em muitos casos isso foi bastante limitado. O que significa que algumas pessoas tiveram de usar suas reservas, fazer mais dívidas e experimentar um declínio na riqueza.

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