Venezuela acusa EUA de querer "fraturar" PDVSA
O ministro do Petróleo da Venezuela afirmou que o governo dos EUA quer "fraturar" a companhia petrolífera estatal após espionagem ser revelada
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2015 às 22h32.
Caracas - O ministro do Petróleo da Venezuela , Eulogio del Pino, afirmou nesta quinta-feira que o governo dos Estados Unidos quer "fraturar" a companhia petrolífera estatal PDVSA, após um documento do ex-analista americano Edward Snowden ser revelado, o qual evidencia uma espionagem sobre centenas de diretores da empresa.
Del Pino, quem também é presidente da PDVSA, qualificou de "muito grave a nova ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela, ao serem reveladas as atividades de espionagem realizadas pelo país na principal indústria nacional".
Além disso, ele afirmou que "reclamaram ao governo americano por causa das entrevistas às quais são submetidos" seus funcionários quando vão à embaixada americana para solicitar visto, a fim de participar de atividades de trabalho nos EUA.
"Há dois anos se revelou, através do Wikileaks, que essas entrevistas depois são transmitidas daqui (para os Estados Unidos). Trata-se de perguntas sobre nossas realidades comerciais, sobre nossas estratégias", disse Del Pino.
"Estes ataques demonstram as tentativas de fraturar nossa empresa e ir contra nosso país", afirmou Del Pino ao canal latino-americano "Telesur" desde Washington, onde participa do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além disso, ele afirmou que a imprensa não mostra o trabalho realizado pelo Petrocaribe, organismo criado em 2005 pelo falecido presidente venezuelano Hugo Chávez (1999-2013), especificamente o Acordo de Cooperação Energética.
"O Petrocaribe foi atacado como uma forma de presentear recursos para buscar contrapartidas, para conseguir influência política, e isso é uma grande mentira", assinalou Del Pino.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou ontem a revisão "integral" das relações que seu país mantém com os EUA e a notificação formal do protesto de seu governo contra a suposta espionagem revelada no mesmo dia por Snowden.
"Faça-se uma revisão integral e eu irei anunciando as ações que tomaremos para que o governo dos EUA peça perdão ao povo da Venezuela pela ofensa que cometeu", disse Maduro à chanceler do país, Delcy Rodríguez, durante um ato de campanha.
O presidente afirmou que "o império americano teve a intenção de sabotar a indústria petrolífera e de derrubar o governo venezuelano para se apropriar do petróleo que é única e exclusivamente do povo da Venezuela".
O governo do país sul-americano entregou hoje uma nota de protesto ao encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Caracas, Lee Mclenny - sua máxima representação diplomática -, por parte do vice-ministro das Relações Exteriores para a América do Norte, Alejandro Fleming.
Na nota de protesto, a Venezuela requer que seja revelada a identidade dos funcionários envolvidos no que consideram um fato "inaceitável" que viola "as garantias democráticas e constitucionais de seus cidadãos".
"A Venezuela exige um pronunciamento imediato que explique de forma legalmente satisfatória esta gravíssima agressão que viola a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961), as normas gerais de Direito Internacional, assim como as leis da República Bolivariana da Venezuela", segundo a nota.
Venezuela e EUA mantêm suas relações diplomáticas sem embaixadores desde 2010.
O documento revelado por Snowden, foi, segundo a "Telesur", redigido por um agente cuja identidade não foi revelada, mas que seria o encarregado da espionagem à companhia petrolífera venezuelana.
No mesmo se afirma que a Agência de Segurança Nacional americana (NSA) espionou centenas de diretores da PDVSA, entre eles seu ex-presidente Rafael Ramírez.
"Descobri uma rede que leva os ID's (identificação na rede) de usuário e suas senhas e recuperei mais de 900 combinações de usuário/senha únicos", escreve o agente no texto, qualificado em seu encabeçamento como de altamente secreto.
Também indica que foi recolhida informação privada de pelo menos 10.000 perfis de funcionários da qual, segundo Del Pino, é "a companhia petrolífera mais atacada", o que inclui endereços de e-mails e números de telefone, entre eles o de Ramírez, que presidiu a estatal venezuelana entre 2004 e 2014, e agora é representante da Venezuela na ONU.
O agente assinala que para seu trabalho, realizado no final de 2010, se manteve em coordenação com as agências dos EUA e "com Caracas".
Após incluir a lista de nomes da direção da empresa de hidrocarbonetos na base de dados da NSA, o agente que redigiu o documento garantiu que as informações "eram uma mina de ouro".
Snowden, asilado na Rússia, é acusado de violar a lei de espionagem americana após vazar detalhes de dois programas secretos de vigilância de registros telefônicos e comunicações na internet de agências do governo dos EUA.
Caracas - O ministro do Petróleo da Venezuela , Eulogio del Pino, afirmou nesta quinta-feira que o governo dos Estados Unidos quer "fraturar" a companhia petrolífera estatal PDVSA, após um documento do ex-analista americano Edward Snowden ser revelado, o qual evidencia uma espionagem sobre centenas de diretores da empresa.
Del Pino, quem também é presidente da PDVSA, qualificou de "muito grave a nova ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela, ao serem reveladas as atividades de espionagem realizadas pelo país na principal indústria nacional".
Além disso, ele afirmou que "reclamaram ao governo americano por causa das entrevistas às quais são submetidos" seus funcionários quando vão à embaixada americana para solicitar visto, a fim de participar de atividades de trabalho nos EUA.
"Há dois anos se revelou, através do Wikileaks, que essas entrevistas depois são transmitidas daqui (para os Estados Unidos). Trata-se de perguntas sobre nossas realidades comerciais, sobre nossas estratégias", disse Del Pino.
"Estes ataques demonstram as tentativas de fraturar nossa empresa e ir contra nosso país", afirmou Del Pino ao canal latino-americano "Telesur" desde Washington, onde participa do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além disso, ele afirmou que a imprensa não mostra o trabalho realizado pelo Petrocaribe, organismo criado em 2005 pelo falecido presidente venezuelano Hugo Chávez (1999-2013), especificamente o Acordo de Cooperação Energética.
"O Petrocaribe foi atacado como uma forma de presentear recursos para buscar contrapartidas, para conseguir influência política, e isso é uma grande mentira", assinalou Del Pino.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou ontem a revisão "integral" das relações que seu país mantém com os EUA e a notificação formal do protesto de seu governo contra a suposta espionagem revelada no mesmo dia por Snowden.
"Faça-se uma revisão integral e eu irei anunciando as ações que tomaremos para que o governo dos EUA peça perdão ao povo da Venezuela pela ofensa que cometeu", disse Maduro à chanceler do país, Delcy Rodríguez, durante um ato de campanha.
O presidente afirmou que "o império americano teve a intenção de sabotar a indústria petrolífera e de derrubar o governo venezuelano para se apropriar do petróleo que é única e exclusivamente do povo da Venezuela".
O governo do país sul-americano entregou hoje uma nota de protesto ao encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Caracas, Lee Mclenny - sua máxima representação diplomática -, por parte do vice-ministro das Relações Exteriores para a América do Norte, Alejandro Fleming.
Na nota de protesto, a Venezuela requer que seja revelada a identidade dos funcionários envolvidos no que consideram um fato "inaceitável" que viola "as garantias democráticas e constitucionais de seus cidadãos".
"A Venezuela exige um pronunciamento imediato que explique de forma legalmente satisfatória esta gravíssima agressão que viola a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961), as normas gerais de Direito Internacional, assim como as leis da República Bolivariana da Venezuela", segundo a nota.
Venezuela e EUA mantêm suas relações diplomáticas sem embaixadores desde 2010.
O documento revelado por Snowden, foi, segundo a "Telesur", redigido por um agente cuja identidade não foi revelada, mas que seria o encarregado da espionagem à companhia petrolífera venezuelana.
No mesmo se afirma que a Agência de Segurança Nacional americana (NSA) espionou centenas de diretores da PDVSA, entre eles seu ex-presidente Rafael Ramírez.
"Descobri uma rede que leva os ID's (identificação na rede) de usuário e suas senhas e recuperei mais de 900 combinações de usuário/senha únicos", escreve o agente no texto, qualificado em seu encabeçamento como de altamente secreto.
Também indica que foi recolhida informação privada de pelo menos 10.000 perfis de funcionários da qual, segundo Del Pino, é "a companhia petrolífera mais atacada", o que inclui endereços de e-mails e números de telefone, entre eles o de Ramírez, que presidiu a estatal venezuelana entre 2004 e 2014, e agora é representante da Venezuela na ONU.
O agente assinala que para seu trabalho, realizado no final de 2010, se manteve em coordenação com as agências dos EUA e "com Caracas".
Após incluir a lista de nomes da direção da empresa de hidrocarbonetos na base de dados da NSA, o agente que redigiu o documento garantiu que as informações "eram uma mina de ouro".
Snowden, asilado na Rússia, é acusado de violar a lei de espionagem americana após vazar detalhes de dois programas secretos de vigilância de registros telefônicos e comunicações na internet de agências do governo dos EUA.