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Venezuela acusa acúmulo doméstico por escassez de farinha

Ministro da Alimentação afirmou que escassez de farinha pré-cozida de milho nos supermercados tem sua causa fundamental nas compras excessivas do produto

Prateleira em mercado da Venezuela: "se as pessoas vão e levam 20 pacotes de farinha, quando normalmente levavam três, estão criando um vazio logístico", disse ministro (Jorge Silva / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 14h42.

Caracas - O ministro da Alimentação venezuelano, Félix Osorio, afirmou nesta sexta-feira que a escassez de farinha pré-cozida de milho nos supermercados do país, um ingrediente básico na dieta dos venezuelanos, tem sua causa fundamental nas compras excessivas do produto por parte dos consumidores.

"Se as pessoas vão e levam 20 pacotes de farinha pra sua casa, quando normalmente levavam três, estão criando um vazio logístico que é impossível de ser coberto", declarou Osorio em uma entrevista ao canal estatal "VTV".

Segundo o ministro, as empresas privadas produtoras de farinha, um ingrediente que representa a base para elaborar as famosas arepas venezuelanas, operam a 100 % de sua capacidade e o governo se traçou para este ano a meta de duplicar a quantidade de toneladas produzidas pelas fábricas nas mãos do Estado.

Osorio considerou que, se for mantida a forte demanda por farinha pré-cozida nos supermercados, a situação "será insustentável" e vai persistir "a intermitência" no abastecimento do produto, dado que, segundo disse, não é possível importar este alimento porque é produzido "somente na Venezuela".

"É um apelo à consciência no que se refere às compras nervosas e ao acúmulo doméstico que, efetivamente, nos causa prejuízo", comentou.

A farinha de milho é um dos artigos mais procurados pelos venezuelanos e a escassez dos últimos meses fez com que os consumidores a adquiram compulsivamente quando a encontram, embora a maior parte dos supermercados limitam a quantidade que cada pessoa pode comprar.

A companhia Polar, a maior vendedora deste tipo de farinha e principal distribuidor alimentício do país, garantiu que está operando a 100% de sua capacidade.

Durante o último ano, a Polar e o governo protagonizaram uma troca de acusações pela suposta falta do produto que terminou com o presidente da empresa, Lorenzo Mendoza, convocado para uma reunião no Palácio de Miraflores, sede do governo.

A farinha pré-cozida de milho entra assim em uma longa lista de artigos raros nas prateleiras da Venezuela, onde no último ano recrudesceu o crônico desabastecimento de alguns bens básicos, como leite e papel higiênico.

O presidente Nicolás Maduro denuncia que a escassez é causada pela especulação e pelo acúmulo por parte do empresariado, que se defende acusando o governo de ter destruído o aparelho produtivo do país com suas políticas de intervenção estatal.

Os grêmios empresariais também se queixam de problemas no acesso aos dólares necessários em muitos casos para importar matérias-primas e pela falta de revisão periódica dos preços regulados em um país com uma inflação anual superior a 50%.

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Caracas - O ministro da Alimentação venezuelano, Félix Osorio, afirmou nesta sexta-feira que a escassez de farinha pré-cozida de milho nos supermercados do país, um ingrediente básico na dieta dos venezuelanos, tem sua causa fundamental nas compras excessivas do produto por parte dos consumidores.

"Se as pessoas vão e levam 20 pacotes de farinha pra sua casa, quando normalmente levavam três, estão criando um vazio logístico que é impossível de ser coberto", declarou Osorio em uma entrevista ao canal estatal "VTV".

Segundo o ministro, as empresas privadas produtoras de farinha, um ingrediente que representa a base para elaborar as famosas arepas venezuelanas, operam a 100 % de sua capacidade e o governo se traçou para este ano a meta de duplicar a quantidade de toneladas produzidas pelas fábricas nas mãos do Estado.

Osorio considerou que, se for mantida a forte demanda por farinha pré-cozida nos supermercados, a situação "será insustentável" e vai persistir "a intermitência" no abastecimento do produto, dado que, segundo disse, não é possível importar este alimento porque é produzido "somente na Venezuela".

"É um apelo à consciência no que se refere às compras nervosas e ao acúmulo doméstico que, efetivamente, nos causa prejuízo", comentou.

A farinha de milho é um dos artigos mais procurados pelos venezuelanos e a escassez dos últimos meses fez com que os consumidores a adquiram compulsivamente quando a encontram, embora a maior parte dos supermercados limitam a quantidade que cada pessoa pode comprar.

A companhia Polar, a maior vendedora deste tipo de farinha e principal distribuidor alimentício do país, garantiu que está operando a 100% de sua capacidade.

Durante o último ano, a Polar e o governo protagonizaram uma troca de acusações pela suposta falta do produto que terminou com o presidente da empresa, Lorenzo Mendoza, convocado para uma reunião no Palácio de Miraflores, sede do governo.

A farinha pré-cozida de milho entra assim em uma longa lista de artigos raros nas prateleiras da Venezuela, onde no último ano recrudesceu o crônico desabastecimento de alguns bens básicos, como leite e papel higiênico.

O presidente Nicolás Maduro denuncia que a escassez é causada pela especulação e pelo acúmulo por parte do empresariado, que se defende acusando o governo de ter destruído o aparelho produtivo do país com suas políticas de intervenção estatal.

Os grêmios empresariais também se queixam de problemas no acesso aos dólares necessários em muitos casos para importar matérias-primas e pela falta de revisão periódica dos preços regulados em um país com uma inflação anual superior a 50%.

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