Vendas no varejo recuam 3,1% em agosto
Na comparação a agosto de 2020, as vendas do varejo recuaram 4,1%
Reuters
Publicado em 6 de outubro de 2021 às 09h29.
Última atualização em 6 de outubro de 2021 às 10h10.
As vendas do comércio varejista recuaram 3,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), informou nesta quarta-feira, 6, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast que tinha intervalo de queda de 1,4% a alta de 2,4% com mediana de 0,6%.
Acompanhe a edição 2021 do Melhores e Maiores, o prêmio mais importante da economia brasileira
Na comparação a agosto de 2020, as vendas do varejo recuaram 4,1%. Por essa base de comparação, o resultado também foi pior do que o piso das projeções, que iam de queda de 0,3% a avanço de 5 2% com alta de 2,0% na mediana.
As vendas do varejo restrito, que incluem oito ramos acompanhados pelo IBGE, acumularam crescimento de 5,1% no ano e alta de 5,0% em 12 meses.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui o comércio de material de construção e de veículos, as vendas caíram 2,5% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, vindo novamente pior do que as expectativas. A mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast era de queda de 0,5%, com intervalo de recuo de 1,80% a avanço de 1,90%.
Na comparação a agosto de 2020, o varejo ampliado ficou estável (0,0%). Por esse confronto, o resultado ficou fora das projeções uma vez que o intervalo ia de alta de 0,10% a 6,30% para o período com mediana de 2,9%.
As vendas do comércio varejista ampliado acumularam, desta forma alta de 9,8% no ano e avanço de 8,0% em 12 meses.
Pré-pandemia
Com a queda de agosto, as vendas do varejo estão agora 2,2% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas operam 0,1% abaixo do pré-pandemia.
Das atividades acompanhadas pelo IBGE, estão acima do nível pré-pandemia os segmentos de material de construção (13,7%), artigos farmacêuticos (12%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,2%) e supermercados (1,6%).
Estão abaixo do nível pré-crise sanitária o comércio de veículos (-3,5%), móveis e eletrodomésticos (-0,1%), vestuário (-4,3%), combustíveis (-7,9%), equipamentos de informática (-14,8%) e livros e papelaria (-37,4%).
Revisões
O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em julho ante junho, de alta 1,2% para uma alta de 2,7%. No varejo ampliado, a taxa de julho ante junho foi revisada de alta de 1,1% para avanço de 5,7%.
Segundo Cristiano Santos, analista da pesquisa do IBGE, a revisão é decorrente especialmente do modelo de ajuste sazonal da pesquisa. Segundo ele, não houve "grande revisão de dados primários".
Média móvel trimestral
O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito - que inclui oito ramos do comércio - teve queda de 0,5% em agosto. No varejo ampliado, que acrescenta as atividades de veículos e material de construção, o índice de média móvel trimestral das vendas registrou baixa de 1,3% em agosto.