Vendas no varejo do Brasil crescem 0,8% em janeiro, diz IBGE
Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de avanço de 0,3% na comparação mensal e de queda de 2,65% sobre um ano antes
Reuters
Publicado em 10 de março de 2022 às 09h17.
Última atualização em 10 de março de 2022 às 10h02.
As vendas no varejo brasileiro tiveram alta de 0,8% em janeiro na comparação com o mês anterior e recuaram 1,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta quinta-feira. Acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,3% e depois de queda de 1,9% em dezembro.
O setor varejista do Brasil iniciou 2022 com alta acima do esperado das vendas e com o melhor resultado para janeiro em três anos, porém abaixo do patamar pré-pandemia em um cenário ainda afetado pela inflação e pelos juros altos no país, além da perda de renda do consumidor.
O resultado informado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o melhor para meses de janeiro desde 2019 (+1,6%).
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas do setor registraram queda de 1,9%, contra expectativa de recuo de 2,65%.
Mas apesar dos resultados melhores do que o esperado, o IBGE destacou que o setor ainda está 1,0% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 6,5% aquém do pico da série, de outubro de 2020.
O ano de 2022 começou com a perspectiva de juros altos e inflação persistente, cenário que pode ainda se agravar depois de a Rússia invadir a Ucrânia, com potenciais efeitos sobre a alta dos preços e o crescimento mundial.
Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram contração em dezembro. O resultado positivo deveu-se ao aumento das vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%).
A atividade de hiper e supermercados, que tem peso grande no indicador, apresentou recuo de 0,1%. Também apresentaram perdas Tecidos, vestuário e calçados (-3,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); Móveis e eletrodomésticos (-0,6%); Combustíveis e lubrificantes (-0,4%).
O comércio varejista ampliado, por sua vez, teve recuo de 0,3% nas vendas, com quedas de 1,9% em veículos, motos, partes e peças e de 0,3% em material de construção.