Economia

Vendas no comércio em São Paulo recuam 2,55% de julho para agosto

Onde houve crescimento, a Fecomércio atribuiu ao recuo dos juros, que barateou o crédito. Mas o Copom decidiu elevar a Selic há duas semanas, o que deve afetar as vendas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

De julho para agosto as vendas no comércio da região metropolitana de São Paulo caíram 2,55%. Na comparação com mesmo mês de 2003, cresceram 4,92%, mesmo assim pouco mais de um terço da expansão de 13,62% de julho em relação a mesmo mês do ano passado. Nessa modalidade de comparação, a taxa de crescimento é a menor desde março (2,77%) deste ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1/10) pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio).

A comparação dos acumulados confirma a queda no ritmo de crescimento das vendas. De janeiro a agosto deste ano o faturamento avançou 7,06% em relação aos oito primeiros meses de 2003. Este resultado é 0,32 ponto percentual menor do que o obtido pelo confronto dos períodos janeiro-julho de 2004 com 2003.

Os crescimentos mais expressivos do mês (comparando com a situação há 12 meses) foram registrados pelas lojas de eletrodomésticos, com 23,03% e pelas concessionárias de veículos, com 26,69% (leia reportagem da revista EXAME sobre a volta dos brasileiros às compras). A Fecomércio explica esse desempenho pela queda dos juros ao longo do ano (um movimento interrompido recentemente pelo Banco Central).

O segmento de materiais de construção vendeu 3,62% mais em agosto, comparando com julho, depois de oscilar 0,52% para baixo em julho sobre junho. A alta contrasta, contudo, com o desempenho de vendas de vestuários, tecidos e calçados, que recuaram 12,45% de julho para agosto.

Também houve quedas de faturamento nas lojas de departamentos (-1,27% em relação a agosto de 2003), lojas de eletroeletrônicos e equipamentos de imagem e som (-2,71%), lojas de autopeças (-6,69%) e supermercados (-2,65%). Segundo os economistas da federação, o faturamento dos supermercados foi prejudicado pela concorrência acirrada que desembocou em "excesso de ofertas" em julho, esvaziando o movimento em agosto.

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