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Vendas do comércio caem 3,82% em abril, diz IBGE

Em abril, o comércio varejista do país teve queda de 3,82% no volume de vendas, a quinta consecutiva no índice mensal contra a comparação com igual mês do ano anterior. A queda deste mês, contudo, foi bastante inferior à de março (-11,35%). Essa desaceleração do ritmo de queda tornou o indicador acumulado no ano menos […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

Em abril, o comércio varejista do país teve queda de 3,82% no volume de vendas, a quinta consecutiva no índice mensal contra a comparação com igual mês do ano anterior. A queda deste mês, contudo, foi bastante inferior à de março (-11,35%).

Essa desaceleração do ritmo de queda tornou o indicador acumulado no ano menos negativo: de -6,00% no primeiro trimestre, ele subiu para -5,45% no período janeiro-abril. O indicador acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, caiu mais: de -1,92% para -2,07%.

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A receita nominal de vendas, por sua vez, cresceu 18,44% em comparação a abril de 2002. A variação acumulada no ano é de 15,28% e a nos últimos 12 meses é de 10,64%.

Pelo segundo mês consecutivo, todas as atividades pesquisadas assinalaram resultados mensais negativos, relacionadas a seguir pela ordem decrescente de impacto na formação da taxa global do varejo: Móveis e eletrodomésticos (-16,63%); Combustíveis e lubrificantes (-6,80%); Demais artigos de uso pessoal e doméstico (-3,11%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,05%); e Tecidos, vestuário e calçados (-0,85%). O ramo específico de Hipermercados e supermercados (-0,41%) e o segmento de Veículos, motos, partes e peças (-23,03%) também sofreram queda.

Com variação mensal no volume de vendas da ordem de -16,63%, a atividade de Móveis e eletrodomésticos tornou-se, em abril, o destaque negativo do varejo, posição que vinha sendo desempenhada, por alguns meses, pelo segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. No acumulado do ano o setor caiu 11,79%, e no acumulado dos últimos 12 meses a variação foi de -4,56%.

A segunda maior participação negativa, este mês, coube a Combustíveis e lubrificantes, cujo volume de vendas caiu 6,80% com relação a abril do ano anterior. O acumulado no ano é de -6,41% e o indicador acumulado dos últimos 12 meses é de 1,80%. A inversão de sinal nas taxas mensais de desempenho de Combustíveis e lubrificantes, entre o ano passado e o corrente, reflete a mudança no comportamento dos preços de combustíveis automotivos.

A terceira maior contribuição negativa é do segmento Demais artigos de uso pessoal e doméstico, com variação no volume de vendas de -3,11% em relação a abril de 2002. O desempenho, porém, foi mais favorável que o de março (-8,84). Dessa forma, a atividade teve a segunda maior desaceleração na queda das vendas, superada apenas pelo ramo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. O índice acumulado no ano é de -1,98% e o dos últimos 12 meses é de -0,94%.

O ramo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo não só deixou de responder pela principal contribuição negativa para a taxa como foi o que mais contribuiu para a redução do ritmo de queda do varejo nacional este mês. A taxa passou de -13,25% em março para -1,05% em abril. No entanto, a atividade ainda exerce o maior impacto negativo nos indicadores acumulados do ano e dos últimos 12 meses.

O ramo específico de Hipermercados e supermercados, com 0,41% de declínio no volume de vendas em abril, teve melhor desempenho que o grupo como um todo em termos de redução no ritmo de queda. A desaceleração da inflação dos alimentos nos últimos meses - especialmente em abril, justifica em parte este comportamento. Nos resultados acumulados, o desempenho do ramo é também relativamente melhor: -5,57% no quadrimestre e -2,68% nos últimos 12 meses.

A menor queda, em abril, ficou com Tecidos, vestuário e calçados: -0,85% de variação no volume de vendas sobre igual mês de 2002; resultado que proporcionou o menor impacto negativo na taxa global. A atividade também tem os melhores resultados acumulados: -0,53% no acumulado do ano e de -0,81% no acumulado dos últimos 12 meses.

Em abril, agravou-se a queda no volume de vendas do segmento de Veículos, motos, partes e peças, com -23,03%. Esta atividade e a de Móveis e eletrodomésticos foram as únicas que aprofundaram o nível de queda este mês. A retração se explica em parte pela elevação das taxas de juros do CDC, já que as vendas desse ramo são bastante dependentes do crédito. O acumulado do ano é de -13,61% e o dos últimos 12 meses é de -14,53%.

As vendas do comércio varejista caíram em 24 das 27 Unidades da Federação. Os maiores impactos na formação da taxa nacional vieram de São Paulo (-3,89%); Rio de Janeiro (-5,52%); Bahia (-5,75%); Espírito Santo (-18,21%); e Distrito Federal (-8,92%). Os únicos Estados com expansão no volume vendido do varejo foram Rondônia (12,49%); Paraná (5,34%) e Santa Catarina (3,10%).

Em abril, novamente os resultados de São Paulo e Rio de Janeiro, os dois principais centros comerciais do país, determinaram o desempenho do varejo nacional, respondendo por mais de 60% da taxa global do setor, de -3,82%. Este ano, as quedas no volume de vendas do Rio de Janeiro (-5,52% sobre abril/02 e -7,23% no acumulado do ano) vêm superando as de São Paulo: -3,89% no mensal e -5,23% no acumulado do quadrimestre. No indicador acumulado dos últimos 12 meses, porém, o Rio de Janeiro se apresenta menos negativo: variação de -2,07% contra -2,51% de São Paulo.

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