Vendas de supermercados crescerão em menor ritmo em 2013
Crescimento de 5,3 por cento do setor no ano passado deve dar lugar a expansão de 3,5 por cento em 2013, afirmou a Abras
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 15h31.
Os supermercados brasileiros devem apurar neste ano uma desaceleração no ritmo de crescimento de vendas em relação a 2012, diante de perspectivas mais conservadoras para a economia do país e estabelecendo um patamar de acomodação para o setor.
A associação que representa os supermercadistas no país, Abras, estimou nesta quarta-feira que as vendas reais do setor tenham alta de 3,5 por cento em 2013, após crescimento de 5,3 por cento no ano passado.
"É uma desaceleração do crescimento, mas ainda é um número muito positivo", disse o gerente de economia da Abras, Flávio Tayra, em coletiva de imprensa. "O setor, que é muito sensível à renda, passa por uma mudança de patamar".
Segundo ele, aumento de renda e manutenção do desemprego em baixa devem contribuir para um bom desempenho das vendas neste ano, assim como em 2012. No ano passado, contudo, o aumento do salário mínimo foi superior ao deste ano, de 14 por cento, contra 9 por cento agora.
"Além disso, não se espera que o desemprego caia muito mais do que já caiu", acrescentou.
Mas, assim como aconteceu no último ano, a Abras não descarta elevar a projeção traçada, conforme o desempenho das vendas mês a mês.
A associação havia iniciado 2012 com previsão de vendas entre 3,5 e 4 por cento maiores, mas ao longo do ano elevou a estimativa para 5 por cento, marca que acabou sendo superada.
Em dezembro apenas, as vendas reais do setor tiveram crescimento de 5,37 por cento sobre o mesmo mês do ano anterior e saltaram 28,7 por cento ante novembro.
"Em 2012 tivemos um bom número em relação à economia do país... mantivemos crescimento sustentável ao longo do ano e essa tendência deve se manter em 2013", disse o presidente da Abras, Fernando Yamada, que assumiu o cargo neste mês.
VENDAS EM VOLUME CAEM NO ANO
Em termos de volume, as vendas do setor foram 0,6 por cento menores no ano passado como um todo em relação a 2011, refletindo preços mais altos e mudanças no comportamento do consumidor. Em 2011, o volume de vendas havia crescido 1,7 por cento ante 2010.
A cesta que contém principalmente produtos de bazar foi a principal responsável pela queda das vendas em volume, com recuo de 5,3 por cento no ano passado, seguida pela cesta de higiene e beleza, cujas vendas foram 1,6 por cento inferiores. As vendas de bebidas alcoólicas caíram 0,8 por cento.
Em sentido oposto, o volume de vendas de bebidas não-alcoólicas aumentou 1,7 por cento, puxado por suco de frutas pronto para consumo, com alta de 15,3 por cento. A cesta de limpeza caseira também teve expansão, de 1,6 por cento, com destaque para sabão e detergente para roupa (+6,8 por cento).
"Além de aumento de preços, a migração de classes de renda leva a uma mudança de hábitos dos consumidores, que buscam mais praticidade e qualificam seu consumo", disse o diretor de atendimento ao varejo da Nielsen --responsável pela medição--, Olegário Araújo.
A Abras também apresentou os dados da cesta AbrasMercado, composta por 35 produtos e calculada pela GfK, que em dezembro subiu 1,47 por cento sobre o mês anterior, para 341,80 reais. No ano, o valor da cesta aumentou 7,27 por cento.
Os supermercados brasileiros devem apurar neste ano uma desaceleração no ritmo de crescimento de vendas em relação a 2012, diante de perspectivas mais conservadoras para a economia do país e estabelecendo um patamar de acomodação para o setor.
A associação que representa os supermercadistas no país, Abras, estimou nesta quarta-feira que as vendas reais do setor tenham alta de 3,5 por cento em 2013, após crescimento de 5,3 por cento no ano passado.
"É uma desaceleração do crescimento, mas ainda é um número muito positivo", disse o gerente de economia da Abras, Flávio Tayra, em coletiva de imprensa. "O setor, que é muito sensível à renda, passa por uma mudança de patamar".
Segundo ele, aumento de renda e manutenção do desemprego em baixa devem contribuir para um bom desempenho das vendas neste ano, assim como em 2012. No ano passado, contudo, o aumento do salário mínimo foi superior ao deste ano, de 14 por cento, contra 9 por cento agora.
"Além disso, não se espera que o desemprego caia muito mais do que já caiu", acrescentou.
Mas, assim como aconteceu no último ano, a Abras não descarta elevar a projeção traçada, conforme o desempenho das vendas mês a mês.
A associação havia iniciado 2012 com previsão de vendas entre 3,5 e 4 por cento maiores, mas ao longo do ano elevou a estimativa para 5 por cento, marca que acabou sendo superada.
Em dezembro apenas, as vendas reais do setor tiveram crescimento de 5,37 por cento sobre o mesmo mês do ano anterior e saltaram 28,7 por cento ante novembro.
"Em 2012 tivemos um bom número em relação à economia do país... mantivemos crescimento sustentável ao longo do ano e essa tendência deve se manter em 2013", disse o presidente da Abras, Fernando Yamada, que assumiu o cargo neste mês.
VENDAS EM VOLUME CAEM NO ANO
Em termos de volume, as vendas do setor foram 0,6 por cento menores no ano passado como um todo em relação a 2011, refletindo preços mais altos e mudanças no comportamento do consumidor. Em 2011, o volume de vendas havia crescido 1,7 por cento ante 2010.
A cesta que contém principalmente produtos de bazar foi a principal responsável pela queda das vendas em volume, com recuo de 5,3 por cento no ano passado, seguida pela cesta de higiene e beleza, cujas vendas foram 1,6 por cento inferiores. As vendas de bebidas alcoólicas caíram 0,8 por cento.
Em sentido oposto, o volume de vendas de bebidas não-alcoólicas aumentou 1,7 por cento, puxado por suco de frutas pronto para consumo, com alta de 15,3 por cento. A cesta de limpeza caseira também teve expansão, de 1,6 por cento, com destaque para sabão e detergente para roupa (+6,8 por cento).
"Além de aumento de preços, a migração de classes de renda leva a uma mudança de hábitos dos consumidores, que buscam mais praticidade e qualificam seu consumo", disse o diretor de atendimento ao varejo da Nielsen --responsável pela medição--, Olegário Araújo.
A Abras também apresentou os dados da cesta AbrasMercado, composta por 35 produtos e calculada pela GfK, que em dezembro subiu 1,47 por cento sobre o mês anterior, para 341,80 reais. No ano, o valor da cesta aumentou 7,27 por cento.