Mais um termômetro da economia reforça o aquecimento generalizado da atividade industrial. Dados prévios de agosto registram um avanço de 20,61% nas vendas de papelão ondulado em relação a mesmo mês de 2003, para quase 187 mil toneladas. De janeiro a agosto, o setor acumula crescimento de 13,93% em relação aos oito primeiros meses do ano passado, com vendas de 1,395 millhão de toneladas.

A demanda por papelão ondulado serve como termômetro da economia porque o material é empregado pelas indústrias para a confecção de embalagens. Sendo assim, os números divulgados nesta segunda-feira (13/9) apontam tendências importantes tanto para a economia (veja reportagem de EXAME sobre os desafios do Brasil para que a recuperação seja sustentável) quanto para o setor.

Para a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), o nível de vendas em agosto segue o padrão dos últimos meses e deve ser suficiente para recuperar as perdas registradas no ano passado, quando as fabricantes sofreram um recuo de 12,04% em volume de vendas. Depois de uma intensa aceleração de vendas em março, com expansão de 16,74% sobre fevereiro, o maior crescimento pela comparação com o mês anterior foi em julho (+5,78%). Em agosto, segundo a ABPO, houve um pequeno recuo de 1,3% nas vendas de papelão ondulado ante o forte resultado de julho.