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Varejo será mais um indicador a limitar o otimismo sobre 2019?

Dados decepcionantes do final do ano passado vêm contendo otimismo sobre economia

Compras no futuro serão afetadas pelo posicionamento atual das marcas (Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2020 às 06h12.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2020 às 06h34.

São Paulo — Novas pistas sobre o desempenho da economia brasileira no fim do ano passado devem ser conhecidas ao longo desta semana.

Nesta quarta-feira, 12, será a vez do varejo. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9 horas o desempenho do setor de comércio varejista no mês de dezembro e no acumulado de 2019.

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A expectativa é por um novo balde de água fria. As projeções do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre), é que os dados de dezembro sobre novembro mostrem estabilidade (0,0%) no varejo restrito e queda de -0,5% no varejo ampliado (com ajuste sazonal).

“Um destaque do resultado do varejo restrito em dezembro deve ser a queda nas vendas nos supermercados. Já o ampliado deve sofrer o impacto positivo da alta na venda de automóveis”, destacou o instituto em nota.

Na comparação de dezembro com o mesmo mês de 2018, o resultado fica mais positivo, com alta de 2,9% no varejo restrito e 4,7% no ampliado. No acumulado em 2019, as projeções são de 1,8% no varejo restrito e 3,9% no ampliado.

Os dados de dezembro vêm após vários indícios de que o final de ano foi mais fraco do que previsto, apontando para um PIB de 2020 mais perto de crescer 2% do que 3%. O crescimento do varejo em novembro já havia frustrado as expectativas.

A expectativa do mercado era encontrar uma alta acima de 1%, mas o crescimento naquele mês veio em metade disso, somente 0,5%. O mês de novembro é marcado pela Black Friday, que, no ano passado, movimentou mais de 3 bilhões de reais somente no comércio eletrônico. Enquanto isso, a expectativa em dezembro é aumentar as vendas frente às compras de Natal.

Embora abaixo da previsão, o crescimento de novembro foi a sétima alta consecutiva do indicador. As leves altas, segundo avaliaram analistas ouvidos por EXAME na ocasião, reforçam a tendência de crescimento constante, mas fraco, na economia brasileira.

Na semana passada, o dado de produção da indústria também veio abaixo das expectativas e mostrou o setor fechando 2019 no vermelho pela primeira vez em dois anos.

Novos indicadores devem ser publicados ainda no restante da semana. Na quinta-feira, 13, o IBGE também divulga o resultado da atividade de serviços. Já na sexta-feira, 14, sai o IBC-Br do ano de 2019, considerado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Mas o PIB oficial do ano fechado, divulgado pelo IBGE, só no dia 4 de março.

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