Economia

Varejo registra queda de 1,92% nas vendas em abril, diz IBGE

O volume de vendas no varejo caiu em abril, registrando variação negativa de 1,92% sobre março. O resultado colaborou para o primeiro trimestre do ano fechar com queda de 1,06% em relação ao primeiro trimestre de 2001, segundo o IBGE. Nos últimos 12 meses a taxa acumula variação negativa de 1,70%. Segundo o instituto, a […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.

O volume de vendas no varejo caiu em abril, registrando variação negativa de 1,92% sobre março. O resultado colaborou para o primeiro trimestre do ano fechar com queda de 1,06% em relação ao primeiro trimestre de 2001, segundo o IBGE. Nos últimos 12 meses a taxa acumula variação negativa de 1,70%.

Segundo o instituto, a receita nominal de vendas permaneceu com resultados positivos: 4,03% sobre abril do ano passado; 4,82% no acumulado do primeiro quadrimestre; e 4,45% no acumulado dos últimos 12 meses.

Em abril, o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 6,29% sobre abril de 2001, foi o principal responsável pelo desempenho negativo do varejo nacional em termos de volume de vendas. O ramo de hipermercados e supermercados, que teve queda de 5,42% na mesma comparação, determinou o comportamento do grupo.

Em março, esse segmento registrou crescimento de 3,34%. Com o mês de abril, os resultados acumulados do setor passam a ser negativos: -1,65% para o acumulado do ano e -0,93% para o de últimos 12 meses. O ramo específico de hipermercados e supermercados acumula resultados um pouco melhores: -0,89% no acumulado do ano e -0,29% nos últimos 12 meses.

As demais atividades que compõem o resultado global do varejo apresentaram as seguintes taxas mensais de variação: 8,54% em móveis e eletrodomésticos; 4,61% para combustíveis e lubrificantes; -1,21% em tecidos, vestuário e calçados; e -0,31% para demais artigos de uso pessoal e doméstico.

O segmento de veículos, motos, partes e peças também teve variação negativa no volume de vendas em relação a abril de 2001 (-12,15%).

O destaque positivo do mês de abril foi, sem dúvida, o segmento de móveis e eletrodomésticos, com crescimento no volume de vendas de 8,54% em relação a abril de 2001, sendo esta a sua maior taxa de desempenho dos últimos 13 meses. No primeiro quadrimestre do ano, a atividade acumulou também resultado positivo: 0,99% sobre o mesmo período do ano anterior. Já no acumulado dos últimos 12 meses, ainda mantém resultado negativo (-2,77%), fruto de uma série de taxas negativas registradas a partir de maio do ano passado.

O segundo desempenho positivo da relação abril 02/abril 01 foi de combustíveis e lubrificantes, com crescimento de 4,61% no volume de vendas. Com este resultado, a atividade aumenta ainda mais as suas taxas acumuladas: 5,15% no acumulado do ano e 1,61% nos últimos 12 meses.

São Paulo e Rio de Janeiro

Os números regionalizados do varejo nacional, segundo a pesquisa do IBGE, mostram queda no volume de vendas em 14 das 27 Unidades da Federação do país na relação abril 02/abril 01. As maiores quedas foram no Paraná (-5,49%), Roraima (-5,17%), Goiás (-4,91%), Santa Catarina (-4,82%) e Rio Grande do Sul (-4,81%).

Os dois estados de maior participação no setor varejista brasileiro também tiveram resultados mensais negativos: São Paulo caiu 2,66% e Rio de Janeiro, -0,50%. Em relação aos estados que tiveram crescimento no volume de vendas em abril, os destaques foram Piauí (22,62%), Amapá (21,57%), Maranhão (15,28%) e Tocantins (12,76%).

O desempenho de São Paulo, com queda de 2,66% sobre abril de 2001 foi influenciado, basicamente, pela redução do volume de vendas do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,13% em relação a igual mês do ano anterior).

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -8,70% em abril, também foi responsável pela maior parcela de contribuição negativa do varejo no Rio de Janeiro, seguido de tecidos, vestuário e calçados (-0,39%).

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