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Varejo deve ter o pior Natal dos últimos 11 anos

A expectativa é de retração de 4,8% no volume vendido em relação ao ano anterior

Compras de Natal: a expectativa é de retração de 4,8% no volume vendido em relação ao ano anterior (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 07h36.

Rio - O comércio varejista se prepara para o pior Natal dos últimos 11 anos. A expectativa é de retração de 4,8% no volume vendido em relação ao ano anterior.

A percepção de que as vendas serão mais fracas deve fazer o número de empregados temporários encolher até 2,9%, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) .

"A última queda nas vendas do varejo ocorreu em 2003, mas não temos como mensurar as perdas daquela época, porque houve mudança na metodologia da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE . Mas sabemos, seguramente, que esse será o pior Natal desde então", disse o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.

Bentes já calculava queda de 4,1% no volume vendido pelo varejo nas festas de fim de ano, mas a previsão ficou mais pessimista diante de uma inflação persistente, dos juros altos e da confiança do consumidor ainda longe de uma recuperação.

"Os juros do crédito livre para pessoa física atingiram o recorde de 62,3% ao ano em setembro. A confiança do consumidor continua no piso histórico, enquanto a inflação vem piorando mês a mês", diz Bentes.

Se a estimativa da CNC for confirmada, o varejo deve oferecer 138,6 mil vagas temporárias entre setembro e novembro, o menor saldo desde 2012, quando foram abertos 135,2 mil postos com esse tipo de vínculo.

O estudo prevê ainda que o salário médio de admissão deve ficar em R$ 1.444, um recuo de 0,2% ante o valor pago em 2014, descontada a inflação.

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Bentes já calculava queda de 4,1% no volume vendido pelo varejo nas festas de fim de ano, mas a previsão ficou mais pessimista diante de uma inflação persistente, dos juros altos e da confiança do consumidor ainda longe de uma recuperação.

"Os juros do crédito livre para pessoa física atingiram o recorde de 62,3% ao ano em setembro. A confiança do consumidor continua no piso histórico, enquanto a inflação vem piorando mês a mês", diz Bentes.

Se a estimativa da CNC for confirmada, o varejo deve oferecer 138,6 mil vagas temporárias entre setembro e novembro, o menor saldo desde 2012, quando foram abertos 135,2 mil postos com esse tipo de vínculo.

O estudo prevê ainda que o salário médio de admissão deve ficar em R$ 1.444, um recuo de 0,2% ante o valor pago em 2014, descontada a inflação.

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