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Última rodada de negociações entre UE e Mercosul termina sem avanços

A Comissão Europeia afirmou que segue "comprometida" para realizar um "acordo ambicioso, completo e equilibrado" com o Mercosul

Países do Mercosul: assuntos sensíveis que ainda impossibilitam o acordo estão as indicações geográficas, os setores automotivo e de laticínios e a oferta da UE de "acesso ao mercado de produtos" (Reprodução/Wikimedia Commons)
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EFE

Publicado em 21 de novembro de 2018 às 15h13.

Bruxelas - A última rodada de negociações entre a União Europeia (UE) e o Mercosul , que aconteceu em Bruxelas (Bélgica) entre 12 e 20 de novembro, foi finalizada sem grandes progressos, o que obrigará a seguir trabalhando para buscar soluções, informaram nesta quarta-feira, 21, fontes do bloco europeu.

Os negociadores de ambas as partes mantiveram discussões "sobre todos os temas", tanto em nível de chefes como de especialistas. Essas conversas permitiram avanços em "algumas questões", mas "não houve progresso substancial, e muito menos decisivo" sobre os interesses mais importantes para a UE, segundo as fontes.

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Por isso, "o trabalho deve continuar", segundo as mesmas fontes, que indicaram que a UE e os representantes do Mercosul "seguem em contato para continuar explorando possíveis soluções e para decidir os próximos passos e reuniões, inclusive em nível ministerial se houver condições para isso".

A Comissão Europeia deixou claro que segue "comprometida" para uma conclusão bem-sucedida de um "acordo ambicioso, completo e equilibrado" com o Mercosul. "Não pouparemos esforços nesse sentido, mas só concluiremos quando houver condições adequadas e a Comissão tiver um resultado que possa ser apresentado como satisfatório para os Estados-membros da UE, o Parlamento Europeu e as partes europeias interessadas", acrescentaram as fontes.

UE e Mercosul negociam este acordo com base em três pilares - o diálogo político, a cooperação e o livre-comércio - desde 2000 com grandes desafios. Chegando à reta final de negociações, as partes tentam apressar o calendário para, se não fechar o pacto, tê-lo o mais avançado possível antes que o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro , tome posse em janeiro.

Entre os assuntos sensíveis que ainda impossibilitam o fechamento do acordo estão as indicações geográficas, os setores automotivo e de laticínios e a oferta da UE de "acesso ao mercado de produtos", segundo detalhou no mês passado o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, que adiantou na época que o Mercosul faria novas propostas à UE.

Na rodada de negociações realizada em Montevidéu em setembro, as duas partes só obtiveram "progressos limitados" em alguns setores comerciais, como o de veículos e autopeças, o de laticínios, certas indicações geográficas e serviços marítimos.

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