UE pode pedir medidas adicionais a membros deficitários
Países com déficit excessivo em seus orçamentos de 2015 podem sofrer medidas adicionais, segundo comissão da União Europeia
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2014 às 13h05.
Bruxelas - França e Itália, assim como os demais Estados-membros da União Europeia (UE) com "déficit excessivo" em seus orçamentos de 2015, podem sofrer "medidas adicionais", indicou a Comissão de Assuntos Econômicos do bloco nesta quarta-feira.
"Uma análise completa das leis fiscais mostrará no mês que vem se precisarão de medidas adicionais", informou o comissário de Assuntos Econômicos, Jyrki Katainen, em coletiva de imprensa.
A Comissão recebeu os orçamentos nacionais em meados de outubro e tem duas semanas para fazer uma análise preliminar antes de pedir alterações aos 18 países da zona do euro que não respeitam os critérios do pacto de estabilidade europeu e seus compromissos.
Entre esses países se encontram França e Itália. Paris e Roma apresentaram à Comissão Europeia seus orçamentos nacionais sem respeitar os compromissos acordados meses atrás.
"Não se pode esquecer que a Comissão deve adotar medidas para alguns Estados em relação aos procedimentos de déficit excessivo", alertou sobre a prerrogativa da Comissão que a permite impor multas aos países que não cumprirem os critérios e que, apesar das advertências e recomendações, não corrigirem suas trajetórias.
Na terça-feira à tarde a Comissão anunciou que não advertiu sobre os "sérios desequilíbrios" nos projetos de leis fiscais dos 18 Estados-membros da zona do euro .
"Alguns Estados modificaram seu orçamento. Não posso identificar casos sérios de desequilíbrio que nos obrigue a considerar emitir uma opinião negativa a esta altura do processo", afirmou Katainen em um comunicado.
Nesta quarta-feira, Katainen informou que a avaliação final dos orçamentos "será baseada nas previsões econômicas do outono (do hemisfério norte)" da Comissão, que serão publicadas na próxima terça-feira e "levará em conta o ponto de vista da Comissão sobre as perspectivas macroeconômicas, nossa avaliação das medidas tomadas e os riscos de sua aplicação".
Esta é a segunda vez que a Comissão analisa os orçamentos nacionais.
Esta nova prerrogativa surgiu com a crise financeira e da dívida na zona do euro. Os poderes da Comissão se reforçaram, em particular em relação à boa aplicação dos critérios do déficit, no máximo de 3%, e da dívida pública, no máximo de 60% do PIB.
Todo ano os Estados-membros têm até meados de outubro para apresentar seus orçamentos nacionais à Comissão, que os analisa e emite uma opinião e recomendações.
Se os orçamentos não coincidirem com os objetivos buscados, a Comissão pode pedir ao país em questão que revise suas cifras antes da adoção pelo Parlamento nacional. Caso o país não siga suas recomendações, poderá receber uma multa de 0,2% do PIB.
Bruxelas - França e Itália, assim como os demais Estados-membros da União Europeia (UE) com "déficit excessivo" em seus orçamentos de 2015, podem sofrer "medidas adicionais", indicou a Comissão de Assuntos Econômicos do bloco nesta quarta-feira.
"Uma análise completa das leis fiscais mostrará no mês que vem se precisarão de medidas adicionais", informou o comissário de Assuntos Econômicos, Jyrki Katainen, em coletiva de imprensa.
A Comissão recebeu os orçamentos nacionais em meados de outubro e tem duas semanas para fazer uma análise preliminar antes de pedir alterações aos 18 países da zona do euro que não respeitam os critérios do pacto de estabilidade europeu e seus compromissos.
Entre esses países se encontram França e Itália. Paris e Roma apresentaram à Comissão Europeia seus orçamentos nacionais sem respeitar os compromissos acordados meses atrás.
"Não se pode esquecer que a Comissão deve adotar medidas para alguns Estados em relação aos procedimentos de déficit excessivo", alertou sobre a prerrogativa da Comissão que a permite impor multas aos países que não cumprirem os critérios e que, apesar das advertências e recomendações, não corrigirem suas trajetórias.
Na terça-feira à tarde a Comissão anunciou que não advertiu sobre os "sérios desequilíbrios" nos projetos de leis fiscais dos 18 Estados-membros da zona do euro .
"Alguns Estados modificaram seu orçamento. Não posso identificar casos sérios de desequilíbrio que nos obrigue a considerar emitir uma opinião negativa a esta altura do processo", afirmou Katainen em um comunicado.
Nesta quarta-feira, Katainen informou que a avaliação final dos orçamentos "será baseada nas previsões econômicas do outono (do hemisfério norte)" da Comissão, que serão publicadas na próxima terça-feira e "levará em conta o ponto de vista da Comissão sobre as perspectivas macroeconômicas, nossa avaliação das medidas tomadas e os riscos de sua aplicação".
Esta é a segunda vez que a Comissão analisa os orçamentos nacionais.
Esta nova prerrogativa surgiu com a crise financeira e da dívida na zona do euro. Os poderes da Comissão se reforçaram, em particular em relação à boa aplicação dos critérios do déficit, no máximo de 3%, e da dívida pública, no máximo de 60% do PIB.
Todo ano os Estados-membros têm até meados de outubro para apresentar seus orçamentos nacionais à Comissão, que os analisa e emite uma opinião e recomendações.
Se os orçamentos não coincidirem com os objetivos buscados, a Comissão pode pedir ao país em questão que revise suas cifras antes da adoção pelo Parlamento nacional. Caso o país não siga suas recomendações, poderá receber uma multa de 0,2% do PIB.