Exame Logo

UE libera € 1,1 bilhão em ajuda para Grécia

Segundo fontes europeias, insatisfeita com as reformas apresentadas pela Grécia, a Alemanha se opôs à liberação do montante, mas não foi seguida pelos demais

Grécia: submetida a políticas draconianas de austeridade, a Grécia pena para sair da recessão, apesar da melhora nas contas (Aris Messinis/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 18h48.

Reunidos nesta segunda-feira (10) em Luxemburgo, os ministros europeus das Finanças aprovaram - apesar das reservas da Alemanha - o desembolso parcial de uma nova parcela de ajuda para a Grécia, de 1,1 bilhão de euros do total de 2,8 bilhões de euros.

"A Grécia terminou a adoção das 15 reformas" exigidas pelos parceiros europeus, declarou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

"Isso abre caminho para o desembolso de 1,1 bilhão de euros", completou.

Segundo fontes europeias, insatisfeita com as reformas apresentadas pela Grécia, a Alemanha se opôs à liberação do montante, mas não foi seguida pelos demais.

O Eurogrupo condicionou o desembolso do 1,7 bilhão restante à obtenção de dados complementares de Atenas. Eles ainda não estão disponíveis, mas são esperados até o fim de outubro.

A Grécia esperava obter hoje o desembolso total desses 2,8 bilhões de euros, que completam uma primeira parcela de 7,5 bilhões de euros já pagos em junho.

O ministro grego da Economia, Euclide Tsakalotos, celebrou a decisão do Eurogrupo mesmo assim.

"O desembolso de 1,7 bilhão de euros (...) acontecerá em 24 de outubro", afirmou.

Dijsselbloem foi um pouco categórico, ressaltando que esse desembolso dependerá das informações obtidas.

"Mas o dinheiro estará lá, não se preocupem", acrescentou.

Entre as medidas que foram exigidas de Atenas, estão o avanço nas privatizações, reformas no setor energético e a criação de uma autoridade independente para monitorar as receitas públicas.

Submetida a políticas draconianas de austeridade, a Grécia pena para sair da recessão, apesar da melhora nas contas.

Atenas chegou a um acordo com os países da zona euro em julho de 2015 sobre a concessão de um terceiro plano de ajuda para obter créditos de 86 bilhões de euros, em troca de um certo número de reformas.

"Agora vamos nos concentrar para a segunda revisão" desse plano de ajuda, anunciou Dijsselbloem, nesta segunda-feira.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, disse que espera obter um "acordo global", "até o final do ano", que permitirá "tratar da questão da dívida" grega.

Essa questão é particularmente importante para o Fundo Monetário Internacional (FMI), que voltou a pedir à UE para aliviar a dívida - condição para que aceite participar financeiramente do plano de ajuda à Grécia.

"Desejo que o FMI continue o que ele é, ou seja, um parceiro estrutural e estruturante desse programa", comentou Moscovici.

Veja também

Reunidos nesta segunda-feira (10) em Luxemburgo, os ministros europeus das Finanças aprovaram - apesar das reservas da Alemanha - o desembolso parcial de uma nova parcela de ajuda para a Grécia, de 1,1 bilhão de euros do total de 2,8 bilhões de euros.

"A Grécia terminou a adoção das 15 reformas" exigidas pelos parceiros europeus, declarou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

"Isso abre caminho para o desembolso de 1,1 bilhão de euros", completou.

Segundo fontes europeias, insatisfeita com as reformas apresentadas pela Grécia, a Alemanha se opôs à liberação do montante, mas não foi seguida pelos demais.

O Eurogrupo condicionou o desembolso do 1,7 bilhão restante à obtenção de dados complementares de Atenas. Eles ainda não estão disponíveis, mas são esperados até o fim de outubro.

A Grécia esperava obter hoje o desembolso total desses 2,8 bilhões de euros, que completam uma primeira parcela de 7,5 bilhões de euros já pagos em junho.

O ministro grego da Economia, Euclide Tsakalotos, celebrou a decisão do Eurogrupo mesmo assim.

"O desembolso de 1,7 bilhão de euros (...) acontecerá em 24 de outubro", afirmou.

Dijsselbloem foi um pouco categórico, ressaltando que esse desembolso dependerá das informações obtidas.

"Mas o dinheiro estará lá, não se preocupem", acrescentou.

Entre as medidas que foram exigidas de Atenas, estão o avanço nas privatizações, reformas no setor energético e a criação de uma autoridade independente para monitorar as receitas públicas.

Submetida a políticas draconianas de austeridade, a Grécia pena para sair da recessão, apesar da melhora nas contas.

Atenas chegou a um acordo com os países da zona euro em julho de 2015 sobre a concessão de um terceiro plano de ajuda para obter créditos de 86 bilhões de euros, em troca de um certo número de reformas.

"Agora vamos nos concentrar para a segunda revisão" desse plano de ajuda, anunciou Dijsselbloem, nesta segunda-feira.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, disse que espera obter um "acordo global", "até o final do ano", que permitirá "tratar da questão da dívida" grega.

Essa questão é particularmente importante para o Fundo Monetário Internacional (FMI), que voltou a pedir à UE para aliviar a dívida - condição para que aceite participar financeiramente do plano de ajuda à Grécia.

"Desejo que o FMI continue o que ele é, ou seja, um parceiro estrutural e estruturante desse programa", comentou Moscovici.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEuropaGréciaPiigsUnião Europeia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame