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UE diz que fluxo invertido de gás para a Ucrânia é legal

Comissão declarou que inverter o fluxo de gás, que normalmente transita da Rússia à Ucrânia, para que o Ocidente possa abastecer Kiev, é legal

Comissário europeu de Energia, German Oettinger: "inverter fluxo é perfeitamente legal" (Dieter Nagl/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 13h30.

Bruxelas - A Comissão Europeia declarou nesta terça-feira que inverter o fluxo de gás , que normalmente transita da Rússia à Ucrânia , para que o Ocidente possa abastecer Kiev, é perfeitamente legal, o que a empresa russa Gazprom rejeita.

"A opção de inverter o fluxo é perfeitamente legal", declarou nesta terça-feira Sabine Berger, porta-voz do comissário europeu de Energia, Gunther Oettinger.

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"Atualmente é possível para a Ucrânia comprar gás da Hungria e da Polônia. Também será possível que o faça com a Eslováquia", acrescentou.

Esta possibilidade de inverter o fluxo foi desenvolvida pela União Europeia (UE) "desde a última crise (entre Rússia e Ucrânia) de 2009", indicou Oettinger na segunda-feira, o que "permite aos Estados ajudar (a Ucrânia) se for necessário".

Mas para a Gazprom a questão não é tão simples. Seu presidente, Alexei Miller, indicou na segunda-feira que as companhias europeias "não têm o direito" de inverter o fluxo e vender à Ucrânia o gás que compram da Rússia.

Uma delegação ucraniana deve nesta terça-feira buscar em Budapeste a confirmação do apoio europeu nesta nova guerra do gás. O objetivo é encontrar um fornecedor alternativo ao russo Gazprom.

A empresa pública ucraniana Naftogaz já é cliente do grupo alemão, RWE, e do francês GDF, segundo seu presidente Andrei Kobolev, que na segunda-feira indicou que estava em contato com outras companhias europeias "que propõem um gás a 320 dólares" por 1.000 m3, inferior à oferta final da Rússia de 385 dólares.

A Rússia cortou na segunda-feira o fornecimento de gás à Ucrânia após o fracasso das negociações sobre seu preço, e porque exige uma dívida não paga por Kiev de 4,5 bilhões de dólares.

Moscou reduziu a zero o fornecimento de gás à Ucrânia e só deixa entrar gás destinado aos países europeus.

Nesta terça-feira a UE desbloqueou, como parte da ajuda financeira à Ucrânia, 500 milhões de euros que poderão ser utilizados por Kiev para comprar gás.

"Trata-se de uma ajuda orçamentária e recai sobre as autoridades ucranianas decidir como desejam utilizá-la", explicou Simon O'Connor, porta-voz do comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.

A Ucrânia consome 50 bilhões de m3 de gás por ano. Produz 20 bilhões e compra os 30 bilhões restantes da Rússia, segundo dados de 2013.

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