Economia

Ucrânia e UE assinam acordo de empréstimo de 1,8 bi de euros

O montante será utilizado para a retomada do crescimento da economia do país, que retraiu quase 18% no primeiro trimestre de 2015


	O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: a Rússia tentou afastar a Ucrânia do acordo com a UE em 2013, o que causou protestos populares que levaram à derrubada do governo pró-Moscou
 (Sergei Supinsky/AFP)

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko: a Rússia tentou afastar a Ucrânia do acordo com a UE em 2013, o que causou protestos populares que levaram à derrubada do governo pró-Moscou (Sergei Supinsky/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2015 às 17h55.

Riga - A União Europeia e a Ucrânia assinaram um acordo de empréstimo de 1,8 bilhão de euros (US$ 2,0 bilhões) destinado a recuperar a economia em crise do país, que sofre com problemas estruturais e instabilidade industrial.

O acordo, que foi firmado em um encontro em Riga, Letônia, exige que a Ucrânia adote uma série de reformas, incluindo medidas anticorrupção. A economia ucraniana retraiu quase 18% no primeiro trimestre de 2015, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A UE também ofereceu a promessa de isenção de visto para algumas das nações pós-soviéticas em uma parceria Oriente-Ocidente que tem moderado as ambições após a intervenção militar russa na Ucrânia.

No encontro, a UE prometeu uma quantia de 200 milhões de euros (US$ 223 milhões) durante a próxima década, para ajudar pequenos e médios negócios na Ucrânia, Geórgia e Moldávia.

Além do apoio financeiro e da promessa de facilitar o processo de visto para cidadãos da Ucrânia e da Geórgia, os líderes da União Europeia tinham pouco a oferecer às seis nações pós-soviéticas que fazem parte do programa de parceria oriental: Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Azerbaijão, Armênia e Bielorrúsia.

O objetivo principal do encontro era mostrar que a parceria ainda está de pé, apesar dos esforços da Rússia para manter as antigas repúblicas soviéticas em sua órbita.

A Rússia tentou afastar a Ucrânia do acordo com a UE em 2013, o que causou protestos populares que levaram à derrubada do governo pró-Moscou, seguida da anexação da Península da Crimeia pela Rússia.

A parceria agora está se movendo em diferentes velocidades, com Geórgia, Ucrânia e Moldávia buscando mais integração com a União Europeia, enquanto Armênia, Bielorrúsia e Azerbaijão se contentam com uma cooperação mais limitada. Armênia e Bielorrússia também fazem parte da União Econômica Eurasiática da Rússia, que impede uma integração mais profunda com a UE. 

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