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Turbulência na China não é bom sinal para metas do Fed

Há apenas alguns dias, autoridades do Banco Central pareciam prontas para elevar a taxa de juros em setembro com base em um sentimento de "confiança razoável"

Chair do Federal Reserve, o banco central norte-americano, Janet Yellen (Kevin Lamarque/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 09h16.

As fortes oscilações nos mercados financeiros mundiais nesta semana mostraram como os eventos na China podem potencialmente atrapalhar os planos cuidadosamente elaborados pelo Federal Reserve , banco central norte-americano.

A turbulência, desencadeada pela derrocada dos mercados chineses, também indicou um risco mais amplo de que o Fed pode enfrentar dificuldades para atingir sua meta de inflação até que o restante do mundo colabore.

Conforme tentam tirar as taxa de juros norte-americana de perto do zero, os formuladores de política podem ter que repensar uma premissa básica de que crescimento econômico sólido e mercado de trabalho forte nos EUA são o bastante para atingir o objetivo, mesmo enquanto a segunda maior economia do mundo fraqueja.

"Os anos quando a China podia manter o crescimento e impulsionar as coisas, isso acabou. Então você olha ao redor do mundo e vê quem pode tomar esse lugar, e realmente a resposta é ninguém", disse o economista-chefe da HSBC Securities, Kevin Logan.

"Não vejo como seria possível que a inflação suba no futuro nos Estados Unidos. Vamos ter justamente um dólar mais forte, preços de commodities em queda, perspectivas de crescimento que não são tão boas, mais concorrência de importados no mercado norte-americano e assim trabalhadores não terão poder de barganha e os salários não vão subir."

Há apenas alguns dias, autoridades do Fed pareciam prontas para elevar a taxa de juros em setembro com base em um sentimento de "confiança razoável" de que a inflação subiria à meta de 2 por cento do banco central.

Agora, elas já admitem que as coisas tornaram-se mais complicadas após a semana turbulenta nos mercados financeiros, causada pelos temores de que a gradual desaceleração da China pode se transformar em um pouso forçado.

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Conforme tentam tirar as taxa de juros norte-americana de perto do zero, os formuladores de política podem ter que repensar uma premissa básica de que crescimento econômico sólido e mercado de trabalho forte nos EUA são o bastante para atingir o objetivo, mesmo enquanto a segunda maior economia do mundo fraqueja.

"Os anos quando a China podia manter o crescimento e impulsionar as coisas, isso acabou. Então você olha ao redor do mundo e vê quem pode tomar esse lugar, e realmente a resposta é ninguém", disse o economista-chefe da HSBC Securities, Kevin Logan.

"Não vejo como seria possível que a inflação suba no futuro nos Estados Unidos. Vamos ter justamente um dólar mais forte, preços de commodities em queda, perspectivas de crescimento que não são tão boas, mais concorrência de importados no mercado norte-americano e assim trabalhadores não terão poder de barganha e os salários não vão subir."

Há apenas alguns dias, autoridades do Fed pareciam prontas para elevar a taxa de juros em setembro com base em um sentimento de "confiança razoável" de que a inflação subiria à meta de 2 por cento do banco central.

Agora, elas já admitem que as coisas tornaram-se mais complicadas após a semana turbulenta nos mercados financeiros, causada pelos temores de que a gradual desaceleração da China pode se transformar em um pouso forçado.

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