Economia

Troca-troca de partido dá, por enquanto, maioria simples a Lula no Congresso

Com a posse no Congresso no último sábado (2/2), deputados e senadores se encarregaram de promover um frenético troca-troca de partido. Quem se beneficiou mais foram os médios, que receberam vários membros vindo de nanicos e de partidos maiores. Fechando as contas, até esta quarta-feira (5/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem maioria […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h54.

Com a posse no Congresso no último sábado (2/2), deputados e senadores se encarregaram de promover um frenético troca-troca de partido. Quem se beneficiou mais foram os médios, que receberam vários membros vindo de nanicos e de partidos maiores. Fechando as contas, até esta quarta-feira (5/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem maioria simples.

Com a vitória de Lula nas eleições de outubro, o PT abandonou o discurso de oposição, esvaziou a resistência às reformas e criou no Congresso uma realidade singular: não há quem não apóie as mudanças na Previdência Social e no sistema tributário como soluções urgentes para a retomada do crescimento nacional.

Mas nem tudo conspira a favor do governo petista. A mesma coerência de posição que joga a favor do presidente Lula no caso dos partidos de centro e direita, cria um certo desconforto dentro do próprio PT: são os radicais que, não abrindo mão da coerência, continuam defendendo as posições encampadas pelo PT no governo Fernando Henrique Cardoso.

Mas o próprio Lula autorizou, nesta terça-feira (4/2), o enquadramento dos radicais do PT por temer que a perda de controle sobre eles afete a governabilidade. A estratégia é punir a senadora Heloísa Helena (PT-AL), transformando-a num exemplo para outros membros do partido que atacam medidas do governo e que queiram violar decisões do PT.

"A senadora Heloísa Helena está irritando o PT", disse o presidente do partido, José Genoino, que se reuniu com o ministro da Casa Civil, José Dirceu e líderes do partido para definirem a punição.

Segundo o líder do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA), a bancada do partido tem todo o direito de expor suas críticas, mas precisa estar unida nas votações. "Não podemos permitir que um membro da bancada faça oposição ao governo", afirmou o líder. E defendeu o uso do estatuto do PT para punir quem não cumprir as determinações do partido.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Igualdade de gênero poderia acrescentar R$ 60 trilhões ao PIB global, diz estudo

Em disputa de R$ 1 bi, Caixa não liberará terreno no Rio para estádio do Flamengo sem compensação

Vendas no comércio crescem 0,6% em julho