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Tratamento de térmicas adicionou R$ 1,1 bi ao PIB em 2011

O aumento se deve à menor utilização das térmicas naquele ano, segundo o IBGE

Dinheiro: com a nova metodologia, o acionamento de térmicas passa a gerar um impacto diferenciado no PIB (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 14h32.

Rio - O novo tratamento das termelétricas no cálculo do Produto Interno Bruto ( PIB ) acrescentou R$ 1,1 bilhão ao valor adicionado da economia brasileira em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

O gerente Cristiano Martins, da Coordenação de Contas Nacionais Trimestrais do órgão, disse que o aumento se deve à menor utilização das térmicas naquele ano.

Antes, o acionamento de térmicas não gerava um impacto diferenciado no PIB, o que passou a ser incorporado ao cálculo agora com a nova metodologia.

Quando as termelétricas precisam ser ligadas, o chamado custo intermediário (principalmente com combustíveis) é maior do que na geração hidrelétrica, o que faz com que o valor adicionado fique menor - ou seja, há uma contribuição negativa no PIB.

"Para produzir a mesma quantidade de energia, você teve um custo maior", sintetizou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Em 2011, porém, as térmicas passaram boa parte do tempo desativadas, comentou Martins.

"Em 2011, as térmicas ficaram desligadas boa parte do ano e foram ligadas mais no final. Então, não houve tanto consumo de combustíveis, o que diminui o consumo intermediário e aumenta o valor adicionado", disse.

A mensuração desse efeito diminuiu a estimativa com o custo intermediário. Antes em R$ 87,6 bilhões, esse gasto foi revisado para R$ 86,5 bilhões para o ano de 2011, segundo o IBGE. O valor da produção permaneceu em R$ 159,6 bilhões.

Em 2010, porém, o maior acionamento de térmicas provocou o efeito contrário. Embora o órgão não tenha divulgado valores, o impacto foi negativo, segundo o gerente.

"Em 2010, as térmicas ficaram muito tempo ligadas, tiveram consumo grande de combustível, então consumo intermediário estava alto", justificou.

A mudança na medição da produção das termelétricas no PIB feita pelo IBGE visou atender o caso específico brasileiro.

"Esse fenômeno fica muito importante de 2010 para cá. Então, na série velha, nem fazia tanta diferença. Mas de 2010 para cá fomos obrigados a fazer esse tipo de tratamento, porque passou a fazer a diferença", disse Rebeca.

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O gerente Cristiano Martins, da Coordenação de Contas Nacionais Trimestrais do órgão, disse que o aumento se deve à menor utilização das térmicas naquele ano.

Antes, o acionamento de térmicas não gerava um impacto diferenciado no PIB, o que passou a ser incorporado ao cálculo agora com a nova metodologia.

Quando as termelétricas precisam ser ligadas, o chamado custo intermediário (principalmente com combustíveis) é maior do que na geração hidrelétrica, o que faz com que o valor adicionado fique menor - ou seja, há uma contribuição negativa no PIB.

"Para produzir a mesma quantidade de energia, você teve um custo maior", sintetizou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Em 2011, porém, as térmicas passaram boa parte do tempo desativadas, comentou Martins.

"Em 2011, as térmicas ficaram desligadas boa parte do ano e foram ligadas mais no final. Então, não houve tanto consumo de combustíveis, o que diminui o consumo intermediário e aumenta o valor adicionado", disse.

A mensuração desse efeito diminuiu a estimativa com o custo intermediário. Antes em R$ 87,6 bilhões, esse gasto foi revisado para R$ 86,5 bilhões para o ano de 2011, segundo o IBGE. O valor da produção permaneceu em R$ 159,6 bilhões.

Em 2010, porém, o maior acionamento de térmicas provocou o efeito contrário. Embora o órgão não tenha divulgado valores, o impacto foi negativo, segundo o gerente.

"Em 2010, as térmicas ficaram muito tempo ligadas, tiveram consumo grande de combustível, então consumo intermediário estava alto", justificou.

A mudança na medição da produção das termelétricas no PIB feita pelo IBGE visou atender o caso específico brasileiro.

"Esse fenômeno fica muito importante de 2010 para cá. Então, na série velha, nem fazia tanta diferença. Mas de 2010 para cá fomos obrigados a fazer esse tipo de tratamento, porque passou a fazer a diferença", disse Rebeca.

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