Tráfego aéreo aumenta 6%, estimulado por companhias "low-cost"
No total, 3,7 bilhões de passageiros foram transportados pelas companhias aéreas do mundo no ano passado, um aumento de 6% em relação a 2015
AFP
Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 18h27.
O tráfego aéreo mundial de passageiros voltou a crescer em 2016, embora a um ritmo ligeiramente mais lento, liderado pelo crescimento dinâmico das transportadoras aéreas de baixo custo (as chamadas "low-cost"), informou a Organização Internacional de Aviação Civil (OIAC).
No total, 3,7 bilhões de passageiros foram transportados pelas companhias aéreas do mundo no ano passado, um aumento de 6% em relação a 2015.
Esse percentual foi inferior ao aumento de 7,1% no ano anterior, de acordo com a agência das Nações Unidas.
O crescimento foi mais acentuado no Oriente Médio (11,2%), na Ásia (8%), na América Latina (6,5%) e na África (5,7%), enquanto foi menor na Europa (4,3%) e na América do Norte (3,5%).
"Mais da metade dos turistas do mundo que viajam pelas fronteiras internacionais anualmente foram transportados por via aérea", afirmou a agência com sede em Montreal, em um comunicado.
As companhias "low-cost" respondem por 28% de todo o tráfego aéreo de passageiros. Ultrapassando um marco, eles transportaram mais de 1 bilhão de passageiros pela primeira vez.
Na Europa, as companhias "low-cost" transportaram quase um terço de todos os passageiros, um pouco mais do que os 31% na Ásia, ou 25% na América do Norte.
"O aumento da presença das companhias 'low-cost', sobretudo, nas economias emergentes contribuiu para o crescimento global do transporte de passageiros", disse a agência.
Quanto aos vôos domésticos regulares, a América do Norte representou 43% do total, um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior, enquanto o tráfego doméstico na Ásia subiu 10% - em grande parte devido ao crescimento na Índia e na China.
O aumento do tráfego e os custos de combustível significativamente menores ajudaram a impulsionar os lucros operacionais das companhias aéreas. Segundo a agência, esse montante chegou a US$ 60 bilhões no ano passado, cerca de US$ 2 bilhões a mais do que em 2015.
"Estima-se que mais de um terço dos lucros venha das companhias da América do Norte, cujo mercado doméstico representa 66% de suas operações totais", informou a agência.