Tornados elevam pedido de auxílio-desemprego nos EUA
Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram vertiginosamente na última semana: mais 7 000 pedidos na semana que terminou no dia 17 de maio. Segundo o Departamento de Trabalho do país, esse aumento foi gerado pelas demissões relacionadas ao clima após uma série de tornados atingirem o meio-oeste do país. O número de pedidos […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.
Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentaram vertiginosamente na última semana: mais 7 000 pedidos na semana que terminou no dia 17 de maio.
Segundo o Departamento de Trabalho do país, esse aumento foi gerado pelas demissões relacionadas ao clima após uma série de tornados atingirem o meio-oeste do país. O número de pedidos iniciais -medida do ritmo de demissões- cresceu em 7 mil para 428 mil pedidos na semana encerrada em 17 de maio, de acordo com dados com ajustes sazonais, seguindo um número revisado de 421 mil pedidos na semana anterior, disse o departamento. No início de maio, os estados de Oklahoma, Missouri e Kansas foram atingidos por tornados que prejudicaram fábricas automotivas e de outros ramos.
Na semana passada, uma previsão do jornal americano The Wall Street Journal indicava que o número de pedidos de demissões ficaria em 415 000. Analistas americanos sinalizam que esse total de auxílio desemprego mostra que o mercado de trabalho nos Estados Unidos continua fraco.
Nesta terça-feira (20/5), o país também divulgou um indicador que está deteriorado extamente pelo crescente desemprego no país. As vendas em lojas de rede no país diminuíram nas duas semanas de maio. Isso é mais uma evidência de que a breve recuperação na confiança do consumidor ainda não foi suficiente para impulsionar o varejo.
Levantamento do Instinet Research mostra que o índice semanal Redbook registrou baixa de 3% nas duas semanas encerradas em 17 de maio na comparação com abril. Na semana até essa data, as vendas subiram 0,3% com igual período de 2002. O índice Redbook de vendas no varejo é composto por cerca de 9.000 lojas e divulgado semanalmente pelo Instinet Research, uma divisão da Instinet, corretora eletrônica da Reuters.
A explicação para isso é bastante simples. O país vive o mais alto índice de desemprego desde 1994 (6%). Os reflexos disso são imediatos _consumidores mais cautelosos e menos vendas no comércio. "Enquanto a economia americana não crescer acima de 3% ao ano, a possibilidade de uma queda consistente na taxa de desemprego se torna estreita", avalia a consultoria Global Invest.
Esperança
Mas ainda há uma previsão de boas notícias. Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (22/5), feita pela Associação Nacional para Economia Empresarial, prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país ultrapasse 3% no segundo semestre do ano. Isso seria o suficiente para assegurar ganhos no emprego, mas ainda é menos do que a economia do país costumava crescer por trimestre.
No primeiro trimestre, a economia cresceu 1,6%, mas especialistas esperam um resultado melhor para esse trimestre.