Tomate, cenoura, transporte por app: o que mais subiu de preço em março
A inflação medida pelo IPCA em março foi a maior para o mês desde 1994. Veja o quanto os itens ficaram mais caros
Carolina Riveira
Publicado em 8 de abril de 2022 às 11h26.
Última atualização em 8 de abril de 2022 às 12h19.
A inflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), principal índice inflacionário brasileiro, fechou o mês de março com variação de 1,62%, segundo divulgou nesta sexta-feira, 8, o IBGE. O acumulado em 12 meses ficou em 11,30%.
Essa é a maior variação para um mês de março desde 1994, em um período que antecedeu a implementação do Plano Real.
A inflação de março também foi maior do que nos meses anteriores, em janeiro e fevereiro.
As duas principais frentes que explicam a alta histórica foram os aumentos em Alimentos e Bebidas (que subiram 2,42%) e Transportes (3,02%), que inclui os combustíveis. Juntos, os dois grupos responderam por mais de 70% do IPCA.
“Foi uma alta disseminada nos preços. Vários alimentos sofreram uma pressão inflacionária", disse em nota o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
"Isso aconteceu por questões específicas de cada alimento, principalmente fatores climáticos, mas também está relacionado ao custo do frete. O aumento nos preços dos combustíveis acaba refletindo em outros produtos da economia, entre eles, os alimentos."
Para os brasileiros, o desafio não é só a alta geral, mas o fato de que muitos itens essenciais apresentam, individualmente, aumentos muito acima da inflação.
Itens alimentares como cenoura e tomate tiveram altas de dois dígitos (31,4% e 27,2%, respectivamente) só no mês de março.
Já os combustíveis subiram, sozinhos, 6,7% no mês. A inflação de março foi a primeira do ano que trouxe parte dos impactos da última alta de preços de combustíveis, anunciada em 10 de março pela Petrobras em suas refinarias, após 57 dias de gasolina congelada.
Veja os itens que mais subiram de preço em março:
Subitem | Variação em março (%) |
Melão | 35.18 |
Pimentão | 33.12 |
Cenoura | 31.47 |
Tomate | 27.22 |
Repolho | 26.72 |
Mamão | 19.51 |
Óleo diesel | 13.65 |
Açaí (emulsão) | 13.60 |
Manga | 13.00 |
Melancia | 12.29 |
Maçã | 12.15 |
Banana d'água | 10.59 |
Cebola | 10.55 |
Uva | 9.80 |
Leite longa vida | 9.34 |
Óleo de soja | 8.99 |
Brócolis | 8.94 |
Alface | 8.87 |
Morango | 8.68 |
Transporte por aplicativo | 7.98 |
Produto para pele | 7.44 |
Ovo de galinha | 7.08 |
Gasolina | 6.95 |
Gás de botijão | 6.57 |
Laranja-baía | 6.50 |
Aluguel de veículo | 6.48 |
Feijão-carioca (rajado) | 6.43 |
Couve | 5.65 |
Flores naturais | 5.63 |
Veja os itens com maior alta acumulada em 12 meses:
Subitem | Variação em 12 meses (%) |
Cenoura | 166.17 |
Tomate | 94.55 |
Pimentão | 80.44 |
Melão | 68.95 |
Melancia | 66.42 |
Repolho | 64.79 |
Café moído | 64.66 |
Mamão | 54.95 |
Óleo diesel | 46.47 |
Gás veicular | 45.54 |
Abobrinha | 44.99 |
Transporte por aplicativo | 42.74 |
Açúcar refinado | 40.30 |
Alface | 38.92 |
Mandioca (aipim) | 36.12 |
Açúcar cristal | 35.68 |
Laranja-baía | 34.21 |
Gás encanado | 33.37 |
Mudança | 32.98 |
Açúcar demerara | 31.89 |
Morango | 31.54 |
Brócolis | 30.35 |
Gás de botijão | 29.56 |
Energia elétrica residencial | 28.52 |
Pepino | 28.12 |
Fubá de milho | 28.03 |
Couve-flor | 27.66 |
Gasolina | 27.48 |