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Taxas de investimento e de poupança crescem no terceiro tri

Apesar do aumento, números continuam abaixo do patamar anterior a crise financeira

Entre os Bric, o Brasil teve um crescimento superior apenas à Russia (Beatriz Albuquerque /Cláudia)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 18h16.

Rio de Janeiro - A taxa de investimento no país chegou a 19,4% no terceiro trimestre deste ano, índice superior aos 17,9% registrados no mesmo período de 2009. A taxa de poupança também aumentou, passando de 15,7% em 2009 para 18,5% em 2010. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ambas taxas, no entanto, ficaram em níveis abaixo dos registrados no terceiro trimestre de 2008, período que antecedeu a crise financeira internacional. Naquele período, a taxa de investimento registrada havia sido de 20,6%, enquanto a taxa de poupança foi de 20,8%.

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Os dados do PIB divulgados hoje também mostram um aumento do consumo das famílias, de 1,6% no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior. O crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 5,9%, o 28º crescimento consecutivo, explicado pela elevação da massa salarial real e pelo aumento do crédito.

“No resultado do terceiro trimestre, o que se observa é, mais ou menos, o mesmo padrão dos trimestres anteriores, ou seja, você tem o consumo das famílias com taxa de crescimento pela 28ª vez consecutiva. Você tem a taxa de investimento ainda num padrão alto, um pouco menor que nos trimestres anteriores, mas ainda apresentando crescimento significativo”, disse o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto.

Com um PIB de R$ 937,2 bilhões, a economia brasileira cresceu 0,5% no terceiro trimestre, em comparação com o trimestre anterior, mostrando uma desaceleração do crescimento econômico, uma vez que o crescimento do segundo trimestre havia sido de 1,8%. No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento da economia foi de 7,5%, acima do patamar registrado antes da crise, já que, no terceiro trimestre de 2008, a taxa havia sido de 6,7%.

O crescimento do terceiro trimestre tampouco fez o Brasil se destacar entre as principais economias do mundo. Em um ranking de 16 países divulgado pelo IBGE, incluindo os Estados Unidos, nações europeias e latino-americanas, o Brasil ficou em oitavo lugar, empatado com a Bélgica. O país ficou atrás do Chile (2,0%), do Japão (0,9%), do Reino Unido (0,8%), do México (0,7%), da Alemanha (0,7%), da Coreia do Sul (0,7%) e dos Estados Unidos (0,6%).

Entre os Bric (grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia e China), o crescimento da economia brasileira de 6,7% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, ficou abaixo dos crescimentos da China (9,6%) e Índia (8,9%) e acima do da Rússia (2,7%).

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