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Taxa de juros fica em 16,5% sem viés

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por unanimidade manter a taxa Selic em 16,5% ao ano, sem viés. O consenso entre os membros do comitê deve ser avaliado de forma positiva, na opinião do economista-chefe do Banco Real ABN Amro, Mário Mesquita. "Já tem barulho demais no meio político. Um […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por unanimidade manter a taxa Selic em 16,5% ao ano, sem viés. O consenso entre os membros do comitê deve ser avaliado de forma positiva, na opinião do economista-chefe do Banco Real ABN Amro, Mário Mesquita. "Já tem barulho demais no meio político. Um discenso dentro do comitê não seria nada bom", disse.

A manutenção da taxa de juros já era esperada pelo mercado financeiro. O rigor expresso pelo comitê na ata da última reunião mostrou a preocupação dos diretores do Banco Central com a hipótese de a inflação reverter o movimento de queda. Para Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos, manter os juros em 16,5% ao ano mostra a conduta de o BC de se certificar de que não há espaço para repasses ao consumidor dos aumentos nos preços da indústria, como demonstraram indicadores como o IGP-DI.

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Uma queda na taxa Selic superior a 0,25 ponto percentual poderia sugerir uma alteração de rumo na política econômica e, portanto, provocaria uma insegurança entre os investidores e uma alteração na estrutura de juros futuros do mercado. Para o economista-chefe do Banco Santos, Clive Botelho, uma queda ousada nos juros assustaria os investidores. "Se houvesse uma forte queda na taxa, o mercado não iria entender. E o BC precisa manter a credibilidade com o mercado", disse Botelho.

Federações e associações empresariais distribuíram comunicados lamentando a decisão logo após o anúncio do Copom. A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) afirmou que a manutenção dos juros representa "risco de perda da chance de retomar-se a trajetória de crescimento". Em nota, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) afirmou que a decisão frustra mais uma vez o setor produtivo e atua de forma negativa sobre as expectativas dos agentes econômicos, o que vai afetar decisões de investimento . O presidente da Federação das Indúsrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horacio Lafer Piva, afirmou que é necessária a flexibilização da política monetária no Brasil e das metas de inflação.

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