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Tarifas do Mercosul começam a ser avaliadas

Os governos de Brasil e Argentina começam a avaliar, este mês, algumas tarifas de importação do Mercosul, que podem estar levando à formação de monopólios e oligopólios dentro do bloco. Dois exemplos são a AmBev, na produção de cerveja, e a Rhodia, na produção de ácido salicílico (matéria-prima tradicional para analgésicos), ambas protegidas da concorrência […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.

Os governos de Brasil e Argentina começam a avaliar, este mês, algumas tarifas de importação do Mercosul, que podem estar levando à formação de monopólios e oligopólios dentro do bloco. Dois exemplos são a AmBev, na produção de cerveja, e a Rhodia, na produção de ácido salicílico (matéria-prima tradicional para analgésicos), ambas protegidas da concorrência de fora do Mercosul por tarifas superiores a 10%. Não tem sentido dar privilégio a companhias monopolistas, especialmente quando trabalham com uma tecnologia difundida, e não com inovação ou com algum setor estratégico , diz o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Tavares de Araújo Jr..

Há empresas beneficiadas, dentro do Mercosul, com as tarifas externas comuns (TECs) que o bloco tem para vários. A intenção dos órgãos é localizar os setores nos quais essas tarifas beneficiam companhias monopolistas e oligopolistas e reduzir ou acabar com as tarifas, para permitir a importação de produtos concorrentes.

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As autoridades dos dois maiores países do Mercosul organizaram uma lista de empresas que têm atos de concentração (negócios que diminuem o nível de concorrência no mercado) em julgamento e com impacto potencial em todo o bloco. São elas: Acesita, Companhia Vale do Rio Doce, Bayer, Bunge, DuPont, Johnson & Johnson, Rhodia, Unilever e grupo Vicunha (controlador da CSN). Há empresas que estão na mira dos governos do Mercosul porque compraram ou querem comprar concorrentes ou pedaços de concorrentes. A idéia é que o "Cade da Argentina" passe a julgar os casos do mesmo jeito que o Cade do Brasil.

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