Subindo a escada social
Como a entrada no mercado formal de trabalho modificou a vida de um ex-vendedor ambulante
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.
Há cinco anos, Allan do Santos estava à beira da miséria. Desde que foi contratado pela Orsa em Goiás, foi promovido três vezes e hoje tem dois imóveis e carro na garagem. Conheça a seguir a história dele.
Antes de ser contratado pela Orsa, em 2002, Allan fazia biscates: foi garçom, vendedor ambulante de roupas e vendia churrasquinho na rua. Pouco antes de arrumar o emprego, sua situação era tão precária que ele chegou a retirar as lâmpadas de casa e vendê-las para comprar carne e fazer churrasquinho. "Para pagar as dívidas, só não vendi o fogão e a cama. Na época, minha mulher tinha acabado de dar à luz, e a coisa estava tão feia que o leite dela secou."
Inicialmente, Allan foi contratado como porteiro terceirizado de uma empresa de segurança que presta serviço para a Orsa, ganhando 370 reais. O primeiro emprego já lhe rendia benefícios como cesta básica, plano de saúde e assistência odontológica. Depois de onze meses, ele foi contratado pela Orsa como conferente de mercadorias. Desde então, ele que só tinha o primário, terminou o ensino médio, no Sesi, e fez uma série de cursos profissionalizantes, todos bancados pela empresa: informática, princípios de liderança e linguagem de sinais.
Nesses cinco anos, Allan foi promovido a empilhadeirista e mais recentemente a encarregado de inspeção, ganhando 2000 reais, e chefiando quinze funcionários. Além de ter própria casa, quitada, com três quartos, dois banheiros e garagem, Allan possui fogão, geladeira, TV de 29 polegadas e um carro Corsa semi-novo. Sua última aquisição é uma outra casa, financiada pela Orsa, que ele aluga. "Virei gente depois que conquistei a carteira. Sem emprego aquilo não era vida não," diz. "E não vou parar por aqui não, quero ser coordenador, continuar progredindo. Se depender de mim, eu me aposento na empresa."