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STF autoriza investigação de Jucá e complica cenário para o governo

Inquérito complica ainda mais a situação política do governo, já envolvido com a ameaça de abertura de uma CPMI para apurar irregularidades nos Correios

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

O Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido do procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, e autorizou, nesta segunda-feira (23/5), a abertura de inquérito contra o ministro da Previdência, Romero Jucá. A Polícia Federal terá, a partir de agora, 60 dias para investigar supostas irregularidades na liberação de empréstimo do Banco da Amazônia (Basa) à Frangonorte, da qual Jucá foi sócio-cotista até 1997. Jucá e seu sócio, Getúlio Alberto de Souza, são acusados de oferecer imóveis inexistentes como garantias do financiamento.

A autorização foi concedida pelo ministro do STF Cezar Peluso, que determinou que a investigação corra sob sigilo. A decisão complica ainda mais o clima político para o governo. Em 12/5, o STF já havia autorizado aabertura de um inquéritocontra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, suspeito de crime eleitoral, evasão de divisas e crime contra o sistema financeiro.

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Além disso, nos últimos dias, a temperatura em Brasília subiu devido às ameaças da oposição de instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso, com o objetivo de apurar um suposto esquema de corrupção nos Correios, coordenado por funcionários indicados pelo PTB. Nesta segunda-feira, a Polícia Federal realizou operações de busca e apreensão na sede dos correios, em Brasília, e nas residências dos ex-funcionários da estatal Fernando Godoy e Maurício Marinho.

À tarde, o presidente do PTB, deputado federal Roberto Jefferson (RJ), prestou depoimento ao procurador da República Bruno Acyoli, no Ministério Público. Enquanto isso, o governo busca impedir a instauração da CPMI, marcada para esta quarta-feira (25/5). Até a manhã de hoje, o requerimento da CPMI contava com 219 assinaturas de deputados e 49 de senadores, bem acima dos 171 deputados e 27 senadores necessários para implantar a comissão.

Apesar dos esforços, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), não tem certeza de que poderá convencer os parlamentares a retirar as assinaturas e impedir a CPMI. Numa escala de um a dez, Chinaglia deu nota 4,9 para a possibilidade de sucesso da articulação do governo para barrar a comissão.

Com informações da Agência Brasil.

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