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Rodrigo Rato deve assumir FMI amanhã

Na véspera da indicação, apoiada por europeus e americanos, o ex-diretor Horst Köhler reivindica mais influência para países emergentes

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h52.

Rodrigo Rato, ex-ministro das Finanças da Espanha, será designado terça-feira (4/5) o novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), e deverá tomar posse em junho. O apoio da Europa e dos Estados Unidos significa que a eleição de Rato pelos 24 membros do Conselho Executivo é certa. O nome do sucessor será comunicado formalmente até o final da semana, na Espanha, de acordo com o Financial Times. O conselho ouviu na semana passada o outro candidato ao cargo, o egípcio Mohamed El-Erian. Segundo pessoas presentes à entrevista, ouvidas pelo jornal britânico, El-Erian demonstrou conhecimento detalhado de uma série de temas relacionados ao Fundo e à sua missão. Rato, por sua vez, desagradou alguns diretores executivos e membros da equipe em sua entrevista, um dia depois, afirma o FT. A causa da indisposição teria sido seu comentário de que considera o FMI primariamente uma instituição política, e que as análises técnicas devem desempenhar um papel secundário.

Na véspera da confimação de Rato, Horst Köhler, ex-diretor-gerente do FMI e candidato à presidência da Alemanha, declarou que as quotas hoje vigentes na estrutura do Fundo estão superadas, e que é preciso uma nova ponderação de votos no Conselho da instituição. Os poucos votos dos países emergentes "não refletem mais seu verdadeiro peso na economia mundial", disse Köhler, que ainda propôs um "gesto político corajoso": que a União Européia abra mão de seus dez assentos no Conselho e mantenha apenas um, para representar toda a Europa.

Os Estados Unidos detêm cerca de 17% dos votos no Conselho do FMI, e a Europa, mais de um terço. A participação dos países não europeus e não membros do grupo das sete nações mais ricas se limita a um terço dos votos, registra o FT.

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